6.5.16

O DIABO

MIRANDA SÁ -

“Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a ideia de fundar uma igreja” (Machado de Assis – ‘A Igreja do Diabo’)

Quando candidata à reeleição em 2014, Dilma conjurou o Diabo para ganhar a campanha, os bispos católicos não ligaram, porque se antecederam transformando a CNBB em sindicato. Suas eminências certamente folhearam os manuscritos beneditinos e viram a invocação de Dilma com naturalidade, como Goethe inspirando-se no folclore alemão para escrever o poema trágico “Fausto”.

Fazer um acordo com o Diabo, como fez Fausto, leva a todos os males humanos; mas no caso de Goethe, seu personagem teve forças para resistir à sedução da bruxa na festa da Noite de Santa Valburga; coisa que Dilma, na sua fraqueza, não conseguiu fazer: entregou-se e cumpriu uma das máximas de Goethe: “Onde há cobiças, é natural o errar”.

Um ‘negócio com o Diabo’, ‘pacto com o Diabo’ ou ‘Barganha Faustiana’, é uma aspiração dos cobiçosos, motivo de ambição e desejos irrefreáveis, que levam intelectuais e artistas que venderem suas consciências para entrar na Lei Rounet…

O Demônio tem muitos nomes, já citei três: Diabo, Mefistófeles e Demônio. No linguajar brasileiro ainda temos belzebu, canhoto, capeta, coisa ruim, demo, encardido, satanás tição, tinhoso… E, na penumbra dos conventos e das catedrais, ‘Ele’ aparece citado por Ezequiel e Isaias: “Lúcifer”, o anjo que se revoltou contra Deus e foi expulso do ‘Céu’.

Na História Antiga temos citações do enfrentamento de Lúcifer com Deus; seu nome vem palavra da hebraica “helel”, que significa brilho. Esta designação se refere à beleza do Anjo e pode ser traduzida como “estrela da manhã”.

O Príncipe das Trevas poderia muito bem conciliar com Eduardo Cunha ou Lula da Silva, mas não se rebaixaria em compor com Dilma. Este que emparceirou com ela é apenas um diabrete que veio para satanizar o Brasil – e a ela própria, que passou de ‘Gerentona’ para personificar a incompetência; e de conselheira presidencial virou uma subalterna de Lula, inábil e leniente com a corrupção.

O Demônio tem uma imagem descrita de várias maneiras, das prédicas de Martin Lutero ao teatro de Gil Vicente; mas a figura do comparsa satânico de Dilma é uma figura vermelha com chifres de veado e cascos de bode e um enorme rabo peludo. E fede a enxofre queimado.

Na grande cauda, o Espírito das Trevas arrasta consigo a corrupção lulo-petista dos aloprados, sanguessugas, do Mensalão e Petrolão, das investigações da Lava Jato, dos hierarcas petistas na cadeia, do sítio e do tríplex, e do impeachment…

As diabruras também mexeram com a vida da gente. Foi o Pai da Mentira quem inventou o ‘politicamente correto’ cobrando à décima-segunda geração dos brasileiros por uma escravatura que já existia na Europa antes da descoberta do Brasil, praticada e negociada pelos sobas africanos negros.

Na Era Petista o Tinhoso não inventou o Rock como cantou Raul Seixas, mas criou a dança dos alvos políticos como assistimos a gangue bolivariana no Senado criticando os deputados que votaram no impeachment por Deus, família e filhos, mas aplaudiu um professor da UFRJ que foi lá defender Dilma, fazendo juras de amor para a mulher pela tevê…

O Capeta trouxe o castigo a cavalo: A cena que fica gravada do último governo do PT não será a mobilização terrorista do general Stédile e do sargento Boulos, mas a bunda da mulher do ministro do Turismo, como atrativo para os que vêm para as Olimpíadas.

O psicanalista Jung, que justificou o estereótipo maligno do Demônio para realçar o bem de Deus, tem o diagnóstico de exorcismo para Presidente, cujas maldades nos últimos dias no poder são diabólicas. A expulsão de Lúcifer do reino de Deus se repete no campo político do Brasil, onde o Deus é a Constituição que expulsa Dilma. Amém.