FRANCISCO CHAVES -
"Nessa viagem pela América do Sul, nós
representantes da Caravana 43 América do Sul, agradecemos ao povo de
Córdoba, de Rosário e de Buenos Aires, na Argentina. Agradecemos ao povo
de Montevidéu, no Uruguai. Agradecemos aos povos de São Paulo, de Porto
Alegre e do Rio de Janeiro, no Brasil. Peço que sigam apoiando esse
mapa desde Ayotzinapa,onde iniciou-se nossa caravana, e aqui onde a
nossa representação culmina nessa cidade brasileira com a exigência do
aparecimento de nossos 43 irmãos levados vivos.Queremos a presença total
de nossos companheiros levados vivos, queremos eles vivos e livres.
Em nossa viagem pela América do Sul, vivemos as dores de outros povos
latino americanos, queremos justiça para os crimes cometidos contra o
povo argentino, ao povo uruguaio e as vítimas da ditadura brasileira.
Chega de crimes cometidos pelo Estado Assassino. Queremos justiça aos
nossos companheiros feridos em 27 de setembro. Que sigamos pedindo
justiça contra todos esses crimes de Estado ocorridos no México e em
outras regiões dessa latino américa." Francisco Sánchez Nava, 21 anos,
filho de camponeses e estudante sobrevivente ao ataque.
A
Caravana 43 América do Sul passou por Córdoba, Rosário e Buenos Aires,
na Argentina. Montevidéu, no Uruguai . São Paulo e Porto Alegre, antes
chegar ao Rio de Janeiro. Nela viajam parentes dos estudantes
desaparecidos e um estudante sobrevivente ao ataque de Ayotzinapa.
Na sexta passada, às 17 horas, na Cinelândia, a Caravana 43 América do Sul encerou sua passagem em território brasileiro, estavam na praça Floriano Peixoto - Hilda Legideno Vargas, mãe de Jorge Antonio Tizapa Legideno, normalista desaparecido com 21 anos de idade, originário de Huamantia, Tlaxicala - o casal Hilda Hernández Rivera e Mário César Gonzáles Contreras, mãe e pai do normalista César Manuel González Hernández, originário de Tlxila Guerrero e desaparecido com 20 anos de idade - e Francisco Sánchez Nava, 21 anos, filho de camponeses e estudante sobrevivente ao ataque.
Na sexta passada, às 17 horas, na Cinelândia, a Caravana 43 América do Sul encerou sua passagem em território brasileiro, estavam na praça Floriano Peixoto - Hilda Legideno Vargas, mãe de Jorge Antonio Tizapa Legideno, normalista desaparecido com 21 anos de idade, originário de Huamantia, Tlaxicala - o casal Hilda Hernández Rivera e Mário César Gonzáles Contreras, mãe e pai do normalista César Manuel González Hernández, originário de Tlxila Guerrero e desaparecido com 20 anos de idade - e Francisco Sánchez Nava, 21 anos, filho de camponeses e estudante sobrevivente ao ataque.
Todas as participações da Caravana 43
América do Sul foram voltadas pelas denúncias contra os crimes cometidos
pelo Estado mexicano, eles exigem que todos os responsáveis por essas
ações criminosas chegam julgados, não só os que cometeram diretamente as
ações, mas, principalmente os mandantes, políticos e governantes,
também sejam levados à justiça; tanto a justiça formal quanto a justiça
popular, a justiça das lutas populares, a justiça dos movimentos.
A
delegação da Caravana 43 que fechou no Rio de Janeiro sua programação na
América do Sul, com os discursos de seus integrantes, com a
participação solidária de grupos do Rio de Janeiro que ajudaram a
construir essa caravana.
Em nossa cidade a Caravana foi
organizada pelo Coletivo de Apoio aos estudantes da Escola Normal de
Ayotzinapa no Rio de Janeiro que contribuiu com todos os seus esforços
para que a passagem da Caravana 43 no Rio de Janeiro. Eles passaram um
dia inteiro na Favela da Maré, um encontro muito forte, de grande
aprendizado humano com moradores de favelas, familiares das vítimas do
Estado e da sua força policial e do exército brasileiro, que oprimem e
diariamente os moradores da favela da Maré, onde adquiriram um vínculo
de solidariedade mútua.Eles também estiveram no dia 11 de junho com
diversos grupos e etnias indígenas, não só do Rio de Janeiro como de
outros estados, que com eles estiveram para prestarem sua solidariedade.
No dia 12 de junho, pela manhã, fizeram a entrega no Consulado do
México, situado na rua Machado de Assis, no Catete, para entregarem um
manifesto assinado por diversas organizações do Rio, que abordava em seu
conteúdo todas as exigências que ao longo da Caravana foram
manifestadas pelos numerosos movimentos da América do Sul, que
organizaram as atividades da Caravana 43. Durante a tarde, na UERJ,
houve um debate inspirado no exemplo do ensino de várias décadas da
Escola Normal Rural Raul Isidro Burgos e das outras escolas normais
rurais mexicanas, que praticam uma educação popular, uma educação
totalmente comprometida e ligada aos movimentos de base, e por ser
educação tão transformadora que levou Ayotzinapa a se tornar um alvo do
terrorismo de Estado.



