HELIO FERNANDES - Via blog do autor -
No domingo escrevi que a
extensão do terrorismo-suicida não tem limite. A seguir: “a nova realidade do
terrorismo-suicida, depois de 11/9 não é apenas matar, mas assustar, ameaçar,
intimidar, tripudiar”. Quem acessasse o blog a partir de 5 horas da manhã de
segunda-feira, constataria que o repórter já estava “confirmado ou
ultrapassado”.
Nas 72 horas seguintes, os
fatos não pararam de acontecer, nos lugares mais diferentes, das formas mais
variadas, até mesmo com a aparência de combate aos terroristas islâmicos, mas
na verdade colaborando com o horror e intranquilidade, atingindo a liberdade e
a privacidade de todos os cidadãos.
Ainda no inicio da
segunda–feira (dia 4) surgia a manifestação no Texas, surpreendente, distante,
a única ligação com terror e terrorismo, é que lá foi assassinado o presidente
Kennedy há 52 anos. Foi deliberado, planejado e premeditado? De qualquer
maneira, estranho.
Organizações estavam
anunciando exposição de charges ANTI e CONTRA Maomé. Ainda deram um premio de
10 mil dólares, a melhor e (mais contundente) ganharia o premio, exposição não
se realizou.
A policia do Texas foi
informada, não acreditou, mandou apenas um policial, armado com um revolver.
Ficou sentado perto de onde se realizaria a mostra. Os terroristas islâmicos
mandaram dois suicidas, armados com HK 30, os mesmos usados no assalto contra a
sede do “Charlie”.
O único policial desconfiou,
atirou, matou os dois enviados dos terroristas. Estes reivindicaram a autoria
da provocação. A casa Branca, para não elevar a moral e a autoestima dos
terroristas, não reconheceu a participação deles.
Também não quer assustar
ainda mais o país, com reflexo no mundo. E esse reflexo, contra qual tenho
alertado, se manifestou várias vezes, imediatamente. Se agem no distante Texas,
podem atuar em qualquer lugar. Para os terroristas-suicidas não existe
distancia, obstáculos ou riscos.
Na mesma segunda-feira, o
tabloide, importante e reconhecido reunindo escritórios do mundo inteiro, iria
entregar a jornalistas do “Charlie”, um premio pelo heroísmo na luta e da
defesa da Liberdade de Imprensa e de Expressão. Surpreendendo o inesperadamente
o BEN se “divide”, metade mantendo a concessão, outra metade se insurgindo
contra o reconhecimento, evidente posição a favor dos terroristas.
Ainda nesse Dia da Imprensa,
o Serviço de Inteligência da França descobriu organização para assaltar
novamente os chargistas tão visados. Foram avisa-los e protegidos, não houve o
atentado. Mas aconteceu fato gravíssimo, que pode se repetir em muitos
países.
No dia seguinte, terça, a
Câmara dos Deputados da França, por esmagadora maioria aprovou medida
excepcional de “proteção do país”, mas atingindo assustadoramente a privacidade
de toda a população.
Essa intervenção na vida de
todas as pessoas, precisa de mais uma votação. Por ela o governo, por suspeita
de ligação com o terrorismo, pode invadir, sem qualquer necessidade de ordem
judicial, todo instrumento de comunicação pessoal e privada (ferramenta) de
qualquer cidadão.
Além da violência,
rigorosamente contraproducente, favorece os terrorismos-islâmicos-suicidas. É
isso que eles querem, mais do que evidente, que a população (por enquanto na
França), não terá tranquilidade, seja qual for a hora, á noite durante o dia.
A propósito: a organização
que se intitula "anti-Maomé", não tem nenhuma ligação com a liberdade
de Imprensa nem com a defesa da liberdade de Expressão. Portanto, age criminosa
e provocativamente, não tem nenhum direito á livre manifestação.
Alteração do
Supremo
Inesperadamente e
autoritariamente, o presidente da Câmara colocou na pauta de votação, imediata,
a chamada PEC da Bengala. Como se esperava, foi aprovada, nova derrota para
Dona Dilma. O governo teve apenas pouco mais de 140 votos, não deu para vencer
os 333 de Eduardo Cunha.
Como é emenda
constitucional, já passou pelas duas casas, será promulgada imediatamente. Dona
Dilma não tem nada a fazer, a não ser lamentar, chorar ao lado de Temer:
"Ia nomear cinco ministros em quatro anos". Pode apenas repetir o
Corvo (Edgar Alan Poe), "nunca mais".
Podiam aproveitar e fazer
justíssima modificação na exigência para nomeação do Supremo. Como o próprio
Supremo decidiu e badalou na questão da libertação dos prisioneiros corruptos e
corruptores da Lava-jato, por 3 a 2, aceitando que 3 em 10 á maioria, seria
indispensável o acréscimo.
Em vez dos Ministros precisarem
provar "notável saber jurídico e ilibada reputação”, ficaria assim:
"Notável saber jurídico, ilibada reputação, e profundo conhecimento de
matemática e aritmética".
Principalmente aritmética.
História não apenas
esportiva.
Na primeira vez que
enfrentava o "seu" Barcelona, Guardiola, saiu frustrado e derrotado 3
a 0, dois gols de Messi (em três minutos) um de Neymar. Na próxima terça-feira
tem que mergulhar na História para pegar "o último trem de Berlim".
Amanhã, sexta, 70 anos do
fim da Segunda Guerra Mundial, a mais terrível de todas. Com milhões de vidas
estraçalhadas entre mortos e inutilizados.
Ontem, o nazista-fascista Le
Pem, afirmou publicamente: "Na segunda guerra, o Holocausto foi só um
detalhe". Expulso do partido (era Presidente de honra), está sendo
analisado por neuropsiquiatras. Não precisa: é fascista-nazista.
Comentários através do
e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
Bom dia, Prezado
Helio Fernandes,
Já faz um bom tempo que leio regularmente seus excelentes comentários sobre
nossa política e fico honrado de poder ler suas ideias e considerações sempre
atuais, "prevendo" os acontecimentos há muito ocorridos/ocorrendo.
Parabéns pela clara explicação dos fatos vividos pelo senhor.
Ontem assisti ao episódio do programa "Resistir é preciso" e fiquei curioso
em não ouvir o seu nome em nenhum momento. Achei interessante o programa, os
relatos, mas COMO o senhor não foi entrevistado ou mencionado.
Vi no site que seu irmão Millor é citado.
Que o senhor continue com saúde e disposição para continuar nos dando a
oportunidade de ler seus pertinentes comentários.
Abraços,
Fabiano Campos
Campinas/SP
Campinas/SP
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Eu sempre fui
leitor do jornal Tribuna da Imprensa. Gostaria de saber se há como conseguir
alguns artigos de Hélio Fernandes da década de 80.


