Via OperaMundi -
Bill Morris disse que pediu para ficar no cargo para tratar
situação, mas teve pedido rejeitado; saída dele causou controvérsia
entre seguidores.
O
papa Bento XVI teria sido pessoalmente advertido sobre um caso de abuso
sexual de menores em uma escola católica de Toowoomba, no nordeste da
Austrália, mas teria ignorado os pedidos do bispo da diocese, Bill
Morris, para que australiano tivesse o mandato estendido a fim de lidar
com a situação. A informação está no livro que Morris lança neste final
de semana.
O bispo conta que escreveu a Bento XVI pedindo uma
prorrogação de seu mandato para promover uma mediação em um caso de
abuso sexual em uma das escolas locais, mas o Pontífice rejeitou o seu
pedido.
"Não houve profundidade na compreensão dos efeitos
devastadores que os abusos sexuais no clero havia sobre as famílias e a
comunidade em toda a Austrália", afirma Morris.
O australiano
afirma que tentou explicar ao papa “como os abusos denigrem a psique de
uma comunidade, com o efeito debilitante sobre alguns indivíduos ao
ponto de não confiarem mais na Igreja e em seus ministros”, mas recebeu
respostas negativas ao pleito. “Acrescentei que era importante para a
Igreja se preocupar com as vítimas, tomar as medidas necessárias para
protegê-las e se certificar de que elas foram bem cuidadas”, disse.
De
acordo com ele, um cardeal do alto escalão respondeu que “nem todos os
padres são assim” e que as vítimas “deveria seguir com suas vidas”.
A
saída de Morris foi conturbada, já que ele foi retirado do cargo por
ordem de Bento XVI. Houve protestos e reações entre os seguidores da
Igreja após a retirada dele. De acordo com o jornal australiano Brisbane Times, o Vaticano se preocupava com as ideias postas em discussão pelo clérigo, como casamento de padres e sacerdotes mulheres.