MIRANDA SÁ -
Muitos colaboraram com a ascensão do Partido dos Trabalhadores, mesmo
sem filiação ou dar-lhe o voto. Após a redemocratização reinava uma
simpatia pelas atraentes propostas de Democracia e Justiça Social que
ele acenava. Intelectuais de várias escolas filosóficas acompanharam
interessados a evolução do partido e admiravam o idealismo de suas bases
que atraía estudantes, jornalistas, médicos, pequenos empresários,
policiais, professores, religiosos, servidores públicos e sindicalistas.
A legalização desse partido (“de novo tipo”) passou pelo crivo do
general Golbery do Couto e Silva, eminência parda do regime militar. Com
ele propunha enfrentar o Partido Comunista oficial, burocratizado, a
serviço da URSS e desarvorado pelas denúncias anti-stalinistas contidas
no Relatório Kruschev.
Subestimou, porém, o amoralismo de Lula, sindicalista, pelego da
Volkswagen e agente duplo como informante do Dops paulista, segundo Tuma
Jr.. O General jamais imaginou que o PT se transformasse numa ameaça
fascista para o Brasil. Golbery era um duro inimigo dos totalitarismos e
registrou no seu livro Conjuntura Política Nacional & Geopolítica
do Brasil este contundente registro:
“Rememorando as caçadas medievais às bruxas, os desmandos cruéis de
Pizarro, a escravização dos africanos e o extermínio dos indígenas na
América do Norte, Hitler dominou a Alemanha com sua tétrica estratégia
do terror, hordas dos novos bárbaros das SS e os pogroms racionalizados
dos campos de concentração e das câmaras de gás.”
Como Golbery, o cérebro da geopolítica (e “gênio” da raça, segundo
Glauber Rocha) eu embaralho o fascismo com o terror. Sempre relembro o
livro “1984”, de George Orwell, trazendo o extrato do totalitarismo,
baseado nas ditaduras fascistas e no stalinismo.
É lenta e gradual a marcha do lulo-petismo para o terror fascista;
com essa estratégia, agregou o fisiologismo de políticos corruptos, o
oportunismo dos aventureiros, o crime organizado e os lúmpens
desideologizados que infestam as cidades, drogados e vadios.
Assim, o PT-governo e a pelegagem declassé que o domina, mesmo sem
coragem de centralizar a administração pública, aparelha órgãos-chave do
governo com militantes fiéis à voz do dono. Mantém centenas de
funcionários do partido com dinheiro público, usando-os como massa de
manobra.
Devagar, devagarzinho, o lulo-petismo compra a mídia burguesa com
abundantes verbas públicas e, não satisfeitos, aprova decretos no
Congresso servil para submeter a imprensa não comprada e disciplinar
jornalistas.
Ainda não tiveram condições políticas para montar a “Polícia do
Pensamento” e reprimir os opositores, mas sucatearam a Polícia Federal e
criaram uma “Força Federal”, guarda palaciana à disposição do
PT-governo.
Avançam para dominar o que resta do Judiciário, com a mesma tática
das ditaduras assemelhadas ideologicamente, principalmente as ditaduras
narco-populistas da América Latina. Atentando contra a República,
instalaram um governo de manifestações sectárias. A maioria dos
ministérios – que são 40 – não cumpre as suas tarefas básicas, limitando
suas atividades a um esquema propagandístico cientificamente elaborado.
Aos principais ministérios, Defesa, Educação, Meio Ambiente, Saúde e
Transportes, agregaram secretarias subordinadas à Presidência, a fim de
embalar as massas e distrair os movimentos sociais cooptados.
Agora, o PT-governo investe no inconstitucional decreto presidencial
8.243, de 23 de maio, que em seu artigo 1º, fala em implantar a
“democracia participativa”, um “modelo político” que dá poder aos
movimentos sociais, sindicatos, ONGs e entidades corporativas, cooptados
através de verbas públicas e tornados frentes legais do PT.
Foi desta maneira que Fidel Castro dominou Cuba, inspirou Chávez na
Venezuela e influencia os governos narco-populistas latino-americanos.
Uma cópia em xerox dos “sovietes” stalinistas apodrecidos pela
burocracia e corroídos pela corrupção, e sepultados pela História.
Com o decreto 8243 teremos a implantação oficial do terror,
extinguindo os direitos individuais consagrados na Constituição,
controlando as manifestações religiosas e impondo a educação estatal das
crianças policialescamente.
Não é por acaso a diáspora partidária das pessoas honestas que se
decepcionam e se afastam. Reagem por que foram iludidos, são estudantes,
jornalistas, médicos, pequenos empresários, policiais, professores,
religiosos, servidores públicos e sindicalistas.
Diante disso, vamos nos unir, e não basta criticar e sim incentivar
as contradições políticas para impedir a implantação da ditadura
petista. Se faltar eco das forças vivas da sociedade, só restará uma
coisa contra o terror: o voto consciente contra o PT.



