Via Brasil de Fato -
Entre os três confirmados que foram
detidos está a ativista Sininho, que denunciou no ano passado dois
policiais militares que forjaram um flagrante contra um jovem durante
manifestação; sininho iria prestar depoimento sobre o caso nesta quarta
(12) .
Na véspera da Copa do Mundo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro
executou uma série de detenções. Na manhã desta terça-feira (11), as
ativistas Elisa Quadros (conhecida como Sininho), a advogada Eloisa Samy
e o cinegrafista Thiago Ramos foram presos em casa e levados para
investigação na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Mais duas pessoas, ainda não confirmadas, também teriam sido presas. As
informações são do portal Mídia Ninja.
Segundo a
Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), Sininho vai prestar
esclarecimentos à polícia “pela compra irregular de fogos de artifício”.
A prisão acontece um dia antes de a ativista prestar depoimento em uma
audiência da Auditoria da Justiça Militar, que apura a denúncia contra
dois policiais militares que teriam forjado um flagrante contra um jovem
em manifestação nas ruas do Centro do Rio no ano passado.
O
major Fábio Pinto Gonçalves e o primeiro tenente Bruno César Andrade
Ferreira respondem por constrangimento ilegal. Os dois já foram ouvidos
em audiência anterior.
Outros casos
Em
Goiânia, no final de maio, quatro estudantes também foram presos durante
uma operação da Polícia Civil. As prisões tinham como objetivo prender
integrantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário que, segundo a
polícia, eram “suspeitos de depredar o patrimônio público e incitar a
violência em Goiânia.”
Também no final de maio, em São Paulo,
integrantes do Movimento Passe Livre foram intimados a depor na Polícia
Civil que abriu um inquérito que investiga supostas práticas criminosas
cometidas durante os protestos. Sem ordem judicial, investigadores do
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foram até as
casas dos militantes conduzir coercitivamente os intimados. O MPL
considera o inquérito ilegal e que tem como objetivo desarticular a ação
do movimento.