25.6.14

AGORA É À VERA

Por Nelson Rodrigues Filho - Via Rede Democrática -

Alguns sustos e uma mudança radical na segunda fase. Camarões jogou muito mais do que vinha fazendo. Ao contrário do esperado, era nosso adversário que marcava, em cima, o nosso meio-campo. De repente, o que se via eram os lançamentos de nossos zagueiros para os avantes por conta de não estarmos devidamente agrupados e nem fazíamos uma marcação na saída de bola de Camarões.

Neymar continua sendo a diferença. E que diferença!

Como na Copa das Confederações, o adversário que não o marque com pelo menos dois, em cima, todo o tempo, vai dançar.

Camarões durante um longo tempo foi melhor. Fez o gol, mandou na trave aproveitando os espaços que existiam entre nossas linhas de defesa e meio-campo.

Depois do intervalo, a mudança de atitude. Os jogadores brasileiros, todos eles, partiram para disputar todas as bolas. E tudo mudou.

Felipão deve ter conversado firmemente com a galera, porque aconteceu uma senhora transformação.

E, nesse embalo, chegou o Fernandinho com muito gás. O momento certo e  o jogador certo com uma especial vontade de segurar a vaga.

A combinação funcionou plenamente.

Quanto às atuações individuais, por conta da má atuação coletiva na primeira fase, Paulinho deixou algo a desejar, embora, repito, ele foi um dos mais prejudicados.

Hulk não esteve bem, perdeu um gol que o Paulinho lhe entregou de bandeja. Pior, no sendo tempo, quando lhe foi lançada uma bola que bastava ele ter passado para o Neymar (eram dois contra um) e ele tentou um drible, desaconselhável, porque o nosso artilheiro teria apenas o goleiro pela frente. Securagem inexplicável.

Houve um momento que o México meteu 3X0 e estávamos empatados no saldo de gols. Teria bastado mais um do México ou um de Camarões para perdermos o primeiro lugar do grupo.

Dois contra um, a bola tem que ser passada, obrigatoriamente passada. E o Hulk, que não vinha bem, acabou, naquela jogada, sujando completamente sua barra.

Daniel Alves deu azar no gol de Camarões, mas não é aconselhável um carrinho que não dá margem à recuperação.

Fred muito mais participativo fez seu gol e participou efetivamente do quarto e definitivo do Fernandinho. Um gol que começou numa roubada de bola do Oscar que, com todo o time, cresceu depois do intervalo.
A entrada do Fernandinho é a boa notícia de nossa participação no grupo.

Eu estava preferindo o Chile à Holanda neste momento. Um bom time mas nosso freguês.