Por Nelson Rodrigues Filho - Via Rede Democrática -
Alguns sustos e uma mudança radical na segunda fase. Camarões jogou
muito mais do que vinha fazendo. Ao contrário do esperado, era nosso
adversário que marcava, em cima, o nosso meio-campo. De repente, o que
se via eram os lançamentos de nossos zagueiros para os avantes por conta
de não estarmos devidamente agrupados e nem fazíamos uma marcação na
saída de bola de Camarões.
Neymar continua sendo a diferença. E que diferença!
Como na Copa das Confederações, o adversário que não o marque com pelo menos dois, em cima, todo o tempo, vai dançar.
Camarões durante um longo tempo foi
melhor. Fez o gol, mandou na trave aproveitando os espaços que existiam
entre nossas linhas de defesa e meio-campo.
Depois do intervalo, a mudança de
atitude. Os jogadores brasileiros, todos eles, partiram para disputar
todas as bolas. E tudo mudou.
Felipão deve ter conversado firmemente com a galera, porque aconteceu uma senhora transformação.
E, nesse embalo, chegou o Fernandinho
com muito gás. O momento certo e o jogador certo com uma especial
vontade de segurar a vaga.
A combinação funcionou plenamente.
Quanto às atuações individuais, por
conta da má atuação coletiva na primeira fase, Paulinho deixou algo a
desejar, embora, repito, ele foi um dos mais prejudicados.
Hulk não esteve bem, perdeu um gol que o
Paulinho lhe entregou de bandeja. Pior, no sendo tempo, quando lhe foi
lançada uma bola que bastava ele ter passado para o Neymar (eram dois
contra um) e ele tentou um drible, desaconselhável, porque o nosso
artilheiro teria apenas o goleiro pela frente. Securagem inexplicável.
Houve um momento que o México meteu 3X0 e
estávamos empatados no saldo de gols. Teria bastado mais um do México
ou um de Camarões para perdermos o primeiro lugar do grupo.
Dois contra um, a bola tem que ser
passada, obrigatoriamente passada. E o Hulk, que não vinha bem, acabou,
naquela jogada, sujando completamente sua barra.
Daniel Alves deu azar no gol de Camarões, mas não é aconselhável um carrinho que não dá margem à recuperação.
Fred muito mais participativo fez seu
gol e participou efetivamente do quarto e definitivo do Fernandinho. Um
gol que começou numa roubada de bola do Oscar que, com todo o time,
cresceu depois do intervalo.
A entrada do Fernandinho é a boa notícia de nossa participação no grupo.
Eu estava preferindo o Chile à Holanda neste momento. Um bom time mas nosso freguês.