Via Comitê Popular
Rio Copa e Olimpíadas -
Uma construção representativa precisa de diferentes vozes, que tragam
contrapontos, discutam e cheguem a uma reflexão conjunta sobre os desafios que
temos diante do modelo de cidade, nação e cidadão que estão tentando impor com
promessas, dinheiro, tratores e bombas.
A próxima plenária para
mobilização contra os abusos cometidos em nome dos megaeventos é HOJE
quarta-feira, no Centro do Rio.
Será debatida
a construção do ato unificado no dia da abertura da Copa (12 de junho) e a
possibilidade de construirmos outros atos durante o evento da Fifa.
Estão todos convidados! Preparação pra Copa NA RUA! - Nesta quarta, segunda
Plenária, IFCS/UFRJ, às 18h. Largo de São Francisco, Centro.
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e confirme presença no evento.
Remo do Rio protesta e
cobra que Olimpíada deixe legado
Via Estadão - Clube de Regatas Flamengo;
Botafogo de Futebol e Regatas; Club de Regatas Vasco da Gama. Não há a menor
dúvida da importância do remo no esporte do Rio. A modalidade, porém, reclama
que não receberá nenhum legado pela realização dos Jogos Olímpicos na cidade,
em 2016.
Neste domingo, anteontem,
na segunda etapa do campeonato estadual, atletas e dirigentes iniciaram um
protesto denominado: “O remo quer o seu legado”.
“Cobramos estruturas fixas
para o remo. As montagens provisórias só oneram e não deixam nada para o
esporte. O remo quer um CT no estádio de remo da Lagoa como legado. Essa é uma
oportunidade única para o esporte. A federação se responsabiliza pela
manutenção do CT, não haveria ônus para o poder público. Faremos parcerias e
desenvolveremos o remo carioca, que precisa de espaço para crescer”, explica
Paulo Carvalho, presidente da Federação de Remo do Estado do Rio.
Mais problema: ‘Não
caia na água do Rio’, alerta capa do New York Times
As provas de remo em 2016,
assim como aconteceu no Pan de 2007, vão acontecer na poluída Lagoa Rodrigo de
Freitas. O local é maior centro nacional de prática de remo, mas há defasagem
de garagens, o partidor (onde acontece a largada) precisa ser substituído e a
bela arquibancada é longe demais da raia. Toda a nova estrutura para 2016
deverá ser provisória. De acordo com Fabiana Beltrame, só 10%, hoje, ficará
como legado.
Além disso, há uma disputa
jurídica complexa envolvendo o remo carioca, o governo do Rio e a Glen
Entertainment, que desde 1997 tem o controle do Estádio de Remo da Lagoa, mas
só nos últimos anos assumiu o local, transformando-o em um centro gastronômico.
Os atletas reclamam que o “shopping” tomou o espaço reformado para ser garagem
de barcos e inclusive cobra estacionamento para quem vai treinar.
“O Estádio de Remo está
ficando cada vez mais em segundo plano, com a construção dos cinemas e
restaurantes, o remo perdeu seu espaço e sua identidade. Não sou contra esses
estabelecimentos ali, mas temos que achar uma forma de conviver
pacificamente, sem que o remo seja expulso do lugar onde sempre existiu”,
critica Fabiana.
Apesar de ter laços
estreitíssimos com os principais clubes do Rio, o remo se sente desprotegido na
cidade sede da próxima Olimpíada. “Ainda não conseguimos ser ouvidos pelo
comitê organizador. Não queremos que tudo se decida sem o remo opinar. Estamos
a dois anos dos Jogos, temos que buscar o melhor para o nosso esporte”,
completa Carvalho, que reclama também da poluição da Lagoa. “Precisa ser
tratada. Seria muito ruim receber as delegações interacionais do remo com a
qualidade da água atual. De fato até melhorou, mas você mergulharia nela? Eu
não!”, diz.
Carvalho sugere que o CT receba
o nome de Fabiana Beltrame, principal atleta da história do remo brasileiro,
campeã mundial em 2011 numa prova não-olímpica. Para 2016, além dela, o Brasil
tem esperanças em Beatriz Cardoso, também do Flamengo, e Uncas Tales, do
Botafogo. Só os dois clubes, hoje, têm grandes equipes no Rio, com os
rubro-negros mais forte no feminino e o botafoguenses no masculino. O Vasco, terceira força (de longe),
aposta em estrangeiros.