16.2.14

PROCURA-SE UM LÍDER DE OPOSIÇÃO

JOSÉ CARLOS WERNECK -

Quando vejo o discurso indigente e as propostas anêmicas dos candidatos que até o momento se apresentaram como pretendentes a suceder a presidente Dilma Rousseff fico imaginando, que jamais alcançarão, por total despreparo e falta de garra seu objetivo final!

Isto porque o Brasil vive hoje uma crise moral em todos os seus Poderes. A corrupção tomou lugar de honra no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.

E o mais grave é que permanecem calados os que, por dever de ofício, deviam denunciar.

Desnecessário citar aqui os inúmeros casos da endêmica roubalheira que campeia em todos os setores da Administração Pública do País. Para isso basta ler os jornais independentes, acessar o noticiário das emissoras de rádio e televisão não estatais e principalmente, até por uma questão de bom gosto, desligar o rádio quando a “Voz do Brasil” for começar.

Realmente, se não fosse a Imprensa livre e independente, não teríamos conhecimento dos escândalos que assolam o Brasil.

Atualmente não temos Oposição, digna deste nome, no Congresso Nacional. O papel que deveria caber à Oposição tem sido ocupado pela Imprensa.

No Brasil atual o povo tem Saúde, Educação, Previdência e Segurança de péssima qualidade, embora seja obrigado a conviver com uma carga tributária digna de países escandinavos.

Essa carga tributária injusta se faz presente nos alimentos e nos serviços essenciais e alcança todas as classes sociais, notadamente as menos favorecidas.

Uma Democracia não se faz sem Oposição. Fazer Oposição não significa criticar indiscriminadamente tudo o que o Governo faz. Ao contrário. Por dever de honestidade e coerência, nada impede que um oposicionista aplauda e dê apoio às propostas governamentais que beneficiem o País e principalmente seu povo.

Porém, o que estamos assistindo, hoje, no Congresso Nacional, são alianças espúrias e imorais que visam única e exclusivamente o benefício pessoal dos contratantes.

Jamais se viu tanto cinismo, desfaçatez e principalmente desrespeito ao eleitor.

Inimigos de outrora, inimigos mesmo, não simples adversários, que antes trocavam ofensas e graves acusações, hoje trocam sorrisos, de olho no gordo butim que dividirão amistosamente.

Vergonha é palavra esquecida. O negócio, agora, é tirar proveito. O povo que se lixe, que morra nas filas dos hospitais públicos e postos de saúde imundos à espera de um atendimento péssimo, que tenha seus filhos matriculados em escolas que não ensinam, que esperem infinitamente por aposentadorias e pensões miseráveis, que habitem moradias indignas de qualquer ser humano, que morram nas ruas nas mãos de bandidos.

Por todas essas mazelas, é necessário que surja alguém entre os integrantes do Parlamento brasileiro, que queira de fato assumir o importante cargo de Líder da Oposição, que de fato se encontra vazio, como o coração do eleitor, que não acredita mais na classe política.