JOSÉ CARLOS WERNECK -
Sempre, em ano de
eleição, são realizadas inúmeras enquetes perguntando aos eleitores se eles
confiam na urna eletrônica. O fato é curioso e intrigante, Realmente a urna
eletrônica foi um avanço significativo implantado pela Justiça Eleitoral e
facilitou muito o andamento das eleições.
Mas pairam inúmeras
dúvidas quando a confiabilidade e a segurança das chamadas urnas eletrônicas.
A principal delas é que
no caso de uma recontagem de votos, necessária por suspeita de fraude ou outro
motivo relevante, quais seriam as provas materiais para sanar as dúvidas
suscitadas?
O governador Leonel
Brizola, vítima de uma vergonhosa tentativa de fraude em sua primeira eleição
para governador do Estado do Rio de Janeiro, ainda no tempo do voto
escrito,quando se tentou contra ele uma gigantesca armação nas apurações,tinha
sérias dúvidas em relação à urna eletrônica.
Leonel Brizola insistia
que o eleitor deveria ter direito ao “papelzinho”, como ele chamava o comprovante
escrito do voto exercido. Realmente não se compreende porque a Justiça
Eleitoral insiste em negar ao eleitor brasileiro um direito tão elementar. Será
que para as autoridades responsáveis por zelar pela lisura do pleito, a
infalibilidade da urna eletrônica é um dogma inquestionável?
Até os caixas eletrônicos
das instituições bancárias dão aos usuários comprovantes impressos das
transações efetuadas. Por que o mesmo singelo procedimento não pode ser adotado
pela Justiça Eleitoral? Seria uma segurança a mais e mostraria respeito ao
eleitor.
Hoje se sabe que jovens
“experts” em informática conseguem entrar em programas sofisticados como das
Forças de Segurança de países do Primeiro Mundo. Por que confiar tanto na
infalibilidade da urna eletrônica adotada no Brasil.
Hoje o eleitor é
induzido, pelas pesquisas eleitorais, a saber, de antemão, quem serão os
vencedores, principalmente das eleições majoritárias. Daí para se maquiar os
resultados é somente um pulo.
Por tudo isso e em
respeito à Democracia, tão duramente conquistada e à vontade soberana do
eleitor brasileiro, todo cuidado é pouco e a Justiça Eleitoral deve estar muito
atenta, rigorosa e vigilante, para que DE MANEIRA ALGUMA POSSAM SER SUSCITADAS
DÚVIDAS SOBRE A LISURA DAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES!