13.7.19

TRIBUTO MUSICAL A JOÃO GILBERTO, QUARTA (17) NO DULCINA

ILUSKA LOPES - Atualizado às 18h25 -

Nesta quarta-feira, 17 de julho, acontece no Teatro Dulcina, centro do Rio, Tributo ao genial João Gilberto (1931-2019). A iniciativa é do jornalista, pesquisador, escritor, historiador, radialista e crítico musical Ricardo Cravo Albin. O show do músico Paulo Costta terá início às 18h30. Recomenda-se chegar às 17h30, entrada franca.

João Gilberto (divulgação)
João Gilberto, pai da Bossa Nova, morreu aos 88 anos, no último sábado (06). Um dos nomes mais importantes da música brasileira, o cantor já enfrentava problemas de saúde há alguns anos e faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro não decretou luto oficial. A decisão foi comunicada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, em pronunciamento à imprensa. E como foi noticiado pela imprensa brasileira, limitou-se a dizer sobre a morte do cantor que "(Era) Uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família, tá ok?". Absurdo e vergonhoso... Quarta-feira será a oportunidade que todos esperam para reverenciar o homem que valorizou nosso país e cultura em todo o mundo.


"João Gilberto representou um ideal de país no mundo ao criar um gênero novo e inteiramente brasileiro de música, no fim da década de 50, quando o país se sobressaiu no cenário mundial também pela arquitetura e literatura. A bossa nova que ele criou é o gênero mais autêntico do Brasil", disse ontem (12) Ricardo Cravo Albin, ao programa de rádio Arte Clube, sobre a importância do artista para a música popular brasileira.

O pesquisador falou sobre a influência que o músico teve nas gerações seguintes e como espera que a obra de João Gilberto seja reverenciada a partir de agora, adiantou que o músico baiano é um dos focos do novo espetáculo que já estava em produção há alguns meses, sobre a musicalidade baiana.

"Foi mais que uma revolução. Foi uma grande divisão de tempo, de época, de estética. João Giberto, com seu violão e voz especialíssimos, mudou o rumo da música popular brasileira. Era uma música tradicional, linda, forte, muitíssimo bonita, que alegrou gerações. Mas a chegada de João Gilberto foi exatamente essa divisão de rumos. Ninguém jamais havia cantado, nas décadas anteriores, como ele. Ninguém jamais havia tocado samba tal como ele tocava, o que veio a se transformar naquilo que nós chamamos de bossa nova. Este toque, este violão e essa voz universalizaram a música popular do Brasil", analisa o especialista.

Missas de sétimo dia

Maria do Céu Harris, última companheira de João, com o apoio do filho mais velho, João Marcelo fez ontem (12) uma missa na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Bebel Gilberto e a família de Juazeiro realizaram hoje (13) na São José da Lagoa, ao meio-dia.

Serviço: Quarta-feira (17) às 17h30, Teatro Dulcina, Rua Alcindo Guanabara, 17, Cinelândia. Homenagem ao genial João Gilberto (1931-2019). O show do músico Paulo Costta terá início às 18h30. Recomenda-se chegar às 17h30, entrada franca.

*Com informações do UOL, Época e EBC