EMANUEL CANCELLA -
Os petroleiros ativos e aposentados estão pagando com 13% de seus salários e por 18 anos, pelo rombo ocorrido na Petros.
E a direção, da Petrobrás e da Petros, anuncia que outros rombos poderão advir e novamente serão cobrados dos mesmos petroleiros.
Essa chantagem com a categoria é usada para forçar os trabalhadores a mudar de plano na Petros.
Isto porque o plano, do qual eu participo, eu e milhares de petroleiros, que no meu caso há mais de 40 anos, garante que na existência de déficits no fundo de pensão Petros será acobertada pela patrocinadora, que é a Petrobrás.
A Lava Jato, embora tenha prendido 22 pessoas por denúncia de suposto superfaturamento na obra da construção da sede da Petrobrás, na Bahia, com o dinheiro da Petros, nada faz para apanhar os verdadeiros culpados pelo rombo da Petros (2).
A justiça até mostra preocupação na malversação do dinheiro da Petros, que é responsável pelos pagamentos das aposentadorias e pensão dos petroleiros.
Porém essa mesma justiça se omite em relação ao ministro Paulo Guedes que deu rombo de R$ 1 BI nos fundos de pensão dos fundos de pensão das estatais, entre eles o da Petros. Paulo Guedes nem foi preso e nem está pagando pelo rombo (3).
Os petroleiros nunca se calaram em relação aos desvios na Petrobrás.
Pois foi um petroleiro que denunciou Pedro Parente e o transformou em réu já em 2001, durante o governo de FHC, por venda ilegal de ativos da Petrobrás, o que acarretou em um rombo de R$ 5 BI na Companhia (4).
E em 2016, enquanto funcionário concursado da Petrobrás e dirigente sindical petroleiro denunciei ao MPF a omissão da Lava Jato na gestão criminosa na Petrobras dos tucanos FHC e Pedro Parente. Veja denúncia na íntegra! (5).
O MPF não só não respondeu à denúncia como me intimou duas vezes em um ano a pedido do juiz Sérgio Moro, chefe da Lava Jato, acusando-me de estar ofendendo o juiz (7,8).
Uma dessas intimações do MP em 2016 foi na véspera do lançamento de meu livro numa clara intimidação, mas o livro saiu (6): A outra face de Sérgio Moro – Acobertando os tucanos e entregando a Petrobrás.
A sociedade começa a entender a cumplicidade de FHC com a Lava Jato a partir da divulgação do site intercept Brasil, nos diálogos de Moro e Dallagnol:
“Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’ (1)”
A Lava Jato, além de não melindrar aliados suspeitos, responsáveis pelas maiores falcatruas na Petrobrás, ainda destruiu a economia em poucos meses.
Já existe vídeo demonstrando o estrago que a Lava Jato fez na economia (7).
Os petroleiros estão pagando pelo rombo no fundo de pensão Petros sem nunca terem sido gestores do fundo, e a Lava Jato continua ilesa.
Isto até guando?
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