EMANUEL CANCELLA -
O governo suspende contratos que fabricavam para o SUS 19 remédios de distribuição gratuita. Criada no governo Lula, a chamada Farmácia Popular distribuía então remédios para pacientes que sofrem de câncer, diabete e transplantados, sendo que mais de 30 milhões de pacientes dependem desses 19 remédios (1).
Agora as portas do programa Farmácia Popular são fechadas para 7 milhões no governo Bolsonaro (2).
Isso depois de Bolsonaro ter expulsado os médicos cubanos do Programa Mais Médicos deixando assim à deriva os habitantes de cidades pobres que dependem desse tipo de medicina.
Esse programa foi implantado no governo Dilma e sofreu duras críticas das entidades ligadas aos médicos brasileiros. Alegaram até a prática de exploração de trabalho escravo, mas o fato é que os médicos brasileiros não querem trabalhar nas áreas pobres do país. Aliás, foram convocados duas vezes, no governo Dilma e no de Bolsonaro.
Sem nenhum demérito, os médicos brasileiros querem trabalhar nos grandes centros onde, por exemplo, podem manter seus consultórios e melhorar sua renda.
Já os médicos cubanos são formados em Cuba para aplicar a medicina pelo mundo e nas áreas mais pobres, inóspitas, em crise econômica, em guerra, etc.
E ainda concordam em designar a maior parte de seu salário para seu país para, entre outras coisas, custear seus estudos que a ilha caribenha lhe ofereceu de graça.
Tentaram também desclassificar os médicos cubanos, mas se tem uma área que em Cuba é apontada como de excelência é a da medicina, como dizem as reportagens:
“Cuba foi o primeiro país a receber o reconhecimento oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminar a transmissão do HIV de mães para crianças.”
“Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) felicitou a ilha por alcançar a menor taxa de mortalidade em sua história, com 4,0 por mil nascidos vivos, o que traduz em maior cuidado materno e infantil” (4,5).
O fato é que Bolsonaro mandou de volta os médicos cubanos, abandonando cidadãos brasileiros pobres, inclusive na cidade do Paraná, Ponta Grossa, que deu 74% dos votos a Bolsonaro e perde 75% dos médicos (3).
O fato é que o mito Bolsonaro deixa brasileiros pobres sem médicos e sem remédios!
Fonte: