REDAÇÃO -
Cercado por dezenas de coroas de flores, enviadas por amigos, veículos de comunicação e partidos políticos, o corpo de Paulo Henrique Amorim foi velado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) nesta quinta-feira (11). A cerimônia, aberta ao público, foi realizada no saguão do 9º andar e reuniu centenas de pessoas.
Dono de bordões famosos como “E aí, tudo bem?”, PHA, como era tratado pelos companheiros, destacava-se pela educação e bom humor. Ele morreu nessa quarta-feira (10), no Rio de Janeiro, vítima de infarto, aos 77 anos.
Bastante emocionada, a jornalista Geórgia Pinheiro, viúva de PHA, recebeu as condolências dos parentes, amigos e colegas de profissão. O jornalista deixa também uma filha e três netos.
Paulo Henrique Amorim trabalhou até junho deste ano no programa Domingo Espetacular, da Record TV. Também teve passagens pelo Jornal do Brasil, revistas Veja e Exame, TV Globo, TV Bandeirantes e TV Manchete, entre outros veículos. PHA é autor do livro “O Quarto Poder – Uma outra história”, onde fala sobre o que “as notícias nunca deram: o lado de dentro do jornalismo”. Atualmente, mantinha o blog Conversa Afiada.
Presidente eleito da ABI, Paulo Jerônimo de Sousa ressaltou a relação que manteve com ele, sempre amigável e respeitosa:
“Paulo Henrique se tornou muito conhecido na TV. Mas a trajetória dele nas redações de revistas e jornais é muito grande. Eu, como assessor de imprensa do BNDES, e ele, como chefe de redação, sempre tivemos uma relação muito próxima e amigável, assim como mantinha com os demais jornalistas da assessoria. Que a postura crítica e questionadora deste jornalista sirva de inspiração para os profissionais da imprensa brasileira. Este é um ano de grandes perdas para o nosso jornalismo. Perdemos recentemente, entre outros, Ricardo Boechat, Clóvis Rossi e, agora, Paulo Henrique Amorim”.
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A decisão de ceder o espaço da ABI para a família do jornalista confirma a posição da nova diretoria, recém-empossada, de cumprir com o papel de verdadeira Casa do Jornalista, além de reafirmar o compromisso com a liberdade de imprensa e a democracia. (Fonte: ABI / Vídeo: Daniel Mazola)
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Enterro aconteceu no Cemitério do Caju
O corpo de Paulo Henrique Amorim foi enterrado no início da noite desta quinta-feira (11), no cemitério do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.
Pouco antes, amigos e familiares se despediram em uma cerimônia fechada, que durou 15 minutos.
Apaixonado pelo Rio de Janeiro, foram exibidas fotos e músicas que representam o amor do jornalista pela cidade — como Tom Jobim e, principalmente Samba do Avião, a preferida dele.
Inicialmente, a família tinha decidido por cremar o corpo do jornalista, mas, com a chegada da única filha, que mora nos Estados Unidos, eles mudaram de ideia e optaram por sepultá-lo.
O apresentador da Record TV morreu, aos 77 anos, na noite da última terça-feira (9), vítima de um infarto. No mesmo dia, o jornalista havia saído para jantar com amigos e não demonstrou nenhum sinal de mal-estar. Amorim voltou para casa quando se sentiu mal e morreu, informou a mulher dele.
Segundo informações do Cidade Alerta, o apresentador não tinha nenhum problema de saúde, porém, há 30 anos precisou fazer uma ponte de safena. A notícia da morte pegou todos de surpresa porque, mesmo com histórico de problema cardíaco, Amorim estava muito disciplinado com a saúde e alimentação. (Fonte: R7)