15.7.19

ATO EM DEFESA DA APOSENTADORIA REÚNE TRABALHADORES DE VÁRIAS CATEGORIAS

REDAÇÃO -


Trabalhadores de várias categorias se uniram a professores, lideranças populares e estudantes, nesta sexta-feira (12), em Brasília, para realizar mais uma grande mobilização: Ato Nacional em defesa da aposentadoria, da educação pública de qualidade e por mais empregos. A atividade, organizada pela Central Única dos Trabalhadores, União Nacional dos Estudantes (UNE) e demais centrais sindicais, é em resposta a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

O governo Bolsonaro tenta impor a todo custo a reforma da Previdência com a justificativa de recuperar a economia do país. Porém, para o ex-ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, a reforma não vai promover crescimento econômico, nem gerar empregos. “A reforma da Previdência vai retirar dinheiro de circulação, porque os trabalhadores, aposentados e pensionistas terão menor renda para consumir”.

O ex-ministro afirmou ainda que mesmo se o governo voltar a investir, o que ele acha muito difícil, não haverá recuperação econômica, pois quem tinha padrão de consumo maior, agora com salários e aposentadoria menores, não vai ter poder de compra e, consequentemente, haverá uma queda da renda interna do país”, explicou.

Os trabalhadores serão os mais impactados com as mudanças na lei da aposentadoria. Segundo a proposta, eles terão de alcançar a idade mínima para se aposentar: de 65 anos para os homens e 62 para mulheres, o que tornará o sonho de se aposentar quase impossível. Além disso, para receber 100% do benefício, será preciso contribuir por 40 anos. O tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens. Neste caso, receberão apenas 60% do benefício.

Para Vagner Freitas, presidente da CUT, ainda há tempo para lutar e barrar a retirada de direitos dos trabalhadores. “Não podemos nos dar como vencidos, estamos no meio da batalha. É estudante junto com trabalhador lutando pelos direitos da juventude e da classe trabalhadora”, disse.

Ele lembrou ainda que, “a proposta de Bolsonaro ganhou o primeiro turno da Câmara com a ajuda de parlamentares que só votaram pelos interesses pessoais, mas ainda temos a segunda votação e o Senado para reverter esta batalha”, afirmou.

Atividades pelo país - Inicialmente, a CUT e demais centrais convocaram somente o ato nacional em Brasília, mas outros dez estados também organizaram atividades locais para fortalecer a luta. Em todas as regiões do país aconteceram mobilizações contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por empregos. (...)

Fonte: CUT