EMANUEL CANCELLA -
Em 2013, Movimentos sociais ocupam sede da Agência Nacional do Petróleo, no Rio (7).
Desconfiei do juiz Sérgio Moro por motivos óbvios:
Primeiro porque o juiz foi premiado pela Globo e esta sempre foi contra a Petrobrás (3).
No governo de FHC, na década de 90, a Globo fez campanha pela privatização da Petrobrás, para isso tentava desmoralizá-la e comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás.
Os petroleiros barraram a Privataria Tucana com sua maior greve, a de 32 dias, e com apoio da sociedade.
Mas a grande resposta dos petroleiros e da Petrobrás veio no governo Lula, em 2006, com o desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal. Pelo pré-sal a Petrobrás ganhou pela 3ª vez o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo (2).
Mas a Globo não se conforma com o sucesso da Petrobrás e dos petroleiros e em dezembro de 2015 lança em editorial: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil” (4).
Desconfiei também, pois a Lava Jato fazia vista grossa às administrações tucanas na Petrobrás. E eu sabia que Moro chefiara a investigação do escândalo do Banestado e, segundo o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, o Banestado foi a “mãe de todos os escândalos”. Segundo ainda Requião: “ O maior escândalo do Brasil não foi o mensalão e nem o Petrolão, foi o Banestado que surrupiou dos cofres públicos meio trilhão de reais, um escândalo exclusivamente tucano, e nenhum deles foi preso (5,6).
Desconfiei e não fiquei calado. Enquanto funcionário da Petrobrás e da direção do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional do Petroleiros - FNP, formalizei denúncia no MPF, em novembro de 2016, acerca da omissão da Lava Jato, então chefiada pelo juiz Sérgio Moro, em relação à gestão criminosa dos tucanos FHC e Pedro Parente na Petrobrás, até hoje sem resposta. Veja denúncia na íntegra (1).
Mas se MPF até hoje não respondeu a minha denúncia de omissão da Lava Jato, por outro lado, por duas vezes em um ano, me intimou, a pedido do juiz Sérgio Moro: meu crime teria sido o de atentar contra a honra do juiz Sérgio Moro (8,9,10,11,12).
E agora, em abril, recebo uma “Intimação Nº 2295/19” da Polícia Federal com audiência no dia 04/07/19 quinta feira, ás 14:30h na Praça Mauá, RJ, na Av. Rodrigo Alves N° 1. Já estive no local buscando maiores informações e trata-se de ato na Agência Nacional de Petróleo e gás - ANP das entidades sindicais, sociais e estudantis em 2013, contra leilão de petróleo.
Fica claro o uso da máquina pública de Moro contra seus críticos. Sem esquecer que a PF, que agora me intima em ato acontecido em 2013, é subordinada ao ministério da Justiça chefiada por Moro.
A primeira intimação do MPF foi às vésperas do lançamento de meu livro A Outra Face de Sergio Moro: Acobertando os Tucanos e Entregando a Petrobrás, em janeiro de 2016, numa clara intimidação, mas o livro saiu.
Tudo leva a crer que Moro quer me calar!
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