JEFERSON MIOLA -
A transferência do COAF [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] do Ministério da Fazenda para o “Ministério do Sérgio Moro”, como pretende Moro com o apoio entusiasta da Rede Globo, vai totalmente na contramão do que acontece na Europa.
Essa é a conclusão da pesquisadora brasileira do Instituto Max Planck, da Alemanha, Ana Carolina Carlos de Oliveira, que alerta que esse retrocesso “Pode não ser bom para a relação do COAF com as outras unidades de inteligência financeiras de países importantes”. Com a medida, o Brasil perderia capacidade de cooperação e coordenação com entidades internacionais no enfrentamento de crimes financeiros.
Isso ocorreria porque, com o COAF assumindo características policiais – policialescas, como pretende Moro – perderia entrosamento e cooperação com instituições homólogas no exterior, como as unidades de inteligência financeira europeias.