HELIO FERNANDES -
O próprio Bolsonaro já confessou, seu destino, vocação ou convicção seria a de militar e não de político. A expulsão do Exercito pode ter sido um acidente de percurso. Mas em vez de 4 Estrelas, (ele atingiria na certa) é presidente da Republica. Por 4 anos. Com o direito constitucional de mais 4.
Tendo tomado posse ha 4 meses, faz tudo para desperdiçar o primeiro mandato e logicamente não concorrer ao segundo. (Eu disse concorrer democraticamente).
O capitão vai se isolando, rompendo com os que poderiam ajudá-lo agora e no futuro. O caminho se transforma numa encruzilhada cheia de obstáculos que ele mesmo coloca á sua frente. A impopularidade cresce, não aparece ninguém para justificá-lo ou defendê-lo.
O melhor exemplo desse desperdício de amizades e aliados é Rodrigo Maia. Eleito presidente da Câmara com surpreendentes 334 votos, se jogou inteiro na aprovação da Nova Previdência. Era tido e havido como "o grande coordenador da Previdência".
Inesperadamente começou a ser atacado duramente nas redes sociais. Reagiu de duas formas. 1-Identificou como autores os filhos de Bolsonaro, denunciou-os publicamente. E acrescentou: "O pai sabe de tudo". 2- "Não tenho mais condições de coordenar o projeto da Previdência".
Como o capitão considera que pode se desmentir ou se desdizer, ante ontem, em plena televisão se arrojou aos pés de Rodrigo Maia, com a seguinte garantia, espantosa e estarrecedora: "Eu e você Rodrigo Maia, podemos firmar uma aliança que salvará 200 milhões de brasileiros".
PS- Tudo rigorosamente verdadeiro. Menos a sua palavra.