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Nesta sexta-feira (10), o Ministério Público Militar denunciou os 12 militares que participaram da ação que matou o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo, e deixou ferido Sérgio de Araújo, no Rio de Janeiro, em 7 de abril.
Os militares foram acusados de duplo homicídio qualificado e um tentativa de homicídio, em razão do ferido no episódio. De acordo com o laudos apresentados na denúncia, foram disparados 257 tiros de fuzil e de pistola. O carro em que estavam o músico Evaldo Rosa dos Santos, que morreu na hora, e sua família foi atingido por 62 disparos. O sogro dele, Sérgio Gonçalves de Araújo, ficou ferido na ação.
"A conduta dos denunciados desrespeitou o padrão legal de uso da força e violou regras de engajamento previstas para operações análogas, em especial o emprego da força de forma progressiva e proporcional e a utilização do armamento, sem tomar todas as precauções razoáveis para não ferir terceiros. Sendo assim, os denunciados incorreram no crime tentado de homicídio qualificado por meio de que possa resultar perigo comum", afirma o MPM, que destaca o fato dos militares não terem prestado socorro às vítimas.
A pena prevista ao crime de homicídio qualificado no Código Penal Militar é de doze a trinta anos. Nove militares estão presos preventivamente em razão da ação.
Fonte: 247