ANDRÉ MOREAU -
Indiferentes a ética, ao direito do sigilo da fonte - revogado junto com a Lei de Imprensa no STF, forças ocultas estariam interferindo de forma sistemática em decisões processuais relacionadas a Associação Brasileira de Imprensa, visando decidir o destino da ABI, a ferro e fogo. De acordo com o Advogado André de Paula, responsável legal pelas questões jurídicas da Chapa Villa-Lobos, a fonte do judiciário que fala sobre tais forças ocultas, é confiável. E segundo a citada fonte, as forças ocultas teriam sido decisivas na revogação das decisões que vinham dando gás aos trabalhos democráticos dos membros da Chapa Villa-Lobos, objetivando recolocar a ABI no cenário de lutas políticas, pelo bem estar social, antes das eleições de 2019.
A ABI é o espelho da chamada “grande imprensa”
Resta saber se o Douto Juízo de Direito da 5ª Vara Cível, teve conhecimento sobre os interesses envolvidos em tais revogações como, por exemplo, da conciliação celebrada entre o autor deste artigo e o jornalista, presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Domingos Meirelles. Ao nos questionarmos sobre a mencionada movimentação, registrada por câmeras de segurança nas sombras do processo eleitoral da ABI -, objetivando trazer à lume as possíveis razões de tais açodamentos, no trato da revogação do adiamento das eleições na ABI, ocorrida na 36ª vara, é possível sair do campo das suposições: a manobra ilegal está intimamente ligada ao engavetamento da proposta de revisão das atas, dos distratos e contratos celebrados na ABI, a partir de 2013.
Quando tais especulações se confirmarem, com as devidas provas que já estão sendo compiladas por membros da Chapa Villa-Lobos, bem como as vênias, será possível entender que os interesses na ABI manchada por jornalistas que se dizem na luta pela democracia, mas que se mantém na direção do jogo de cadeiras marcadas, que fizeram e seguem fazendo vista grossa à campanha de mentiras repetidas como, por exemplo, a insuflada a partir do ano de 2013 por membros das Organizações Globo, visando convencer incautos a acreditarem que a salvação do País dependia do impeachment, sem mérito, da presidenta Dilma Rousseff. Tratam-se portanto, dos mesmos “jornalistas” que hoje demonstram pouco se importarem com o retrocesso do bem estar social, entre desavisados, em todas as esferas de poder.
A luta de classes está no cerne das questões que envolvem a ABI
A respeito da contratação das urnas eletrônicas de primeira geração feita após a morte do jornalista Maurício Azêdo, anunciada nas duas últimas edições do Jornal da ABI (impresso), cumpre ressaltar que se tratou de uma manobra sem a necessária convocação da Assembléia Geral Extraordinária e a devida divulgação, conforme prevê o Código de Processo Civil, lembrado pelo autor deste artigo na mencionada audiência de conciliação em epígrafe, anulada de forma ilegal logo após a sua publicação, ao que tudo indica, por pressões de forças ocultas, na qual foram debatidos entre as partes, assuntos sobre a manutenção do Sr. Domingos Meirelles na presidência da ABI e sobre o jogo de cadeiras, marcado para favorecer a Chapa encabeçada pelo seu vice, Paulo Jerônimo.
* André Moreau, é jornalista, Coordenador da Chapa Villa-Lobos, impedida arbitrariamente de concorrer nas eleições da ABI, em 2016 e em 2019