REDAÇÃO -
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| Mensagem do grupo de demitidos da Editora Abril. (Reprodução/Facebook) |
“VEJA e EXAME, 100 Dias de Governo” é o nome do evento que a Abril realiza amanhã para debater, como propõem, “o novo momento do Brasil”. Com que moral? A empresa demitiu MIL empregados há 8 meses (252 dias) e até hoje não pagou o que deve a eles. Não têm ética, seriedade, responsabilidade… Não pode capitanear nada. Toma para si um palanque para discutir “a recuperação do mercado de trabalho” quando destruiu milhares de postos de trabalho no Grupo Abril e nas editoras que usavam seus serviços para a distribuição de livros e revistas.
Quer demonstrar força política arrastando para o palco do World Trade Center Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Que força tem a Abril?
O que tem de sobra é a arrogância de chamar para o debate autoridades, ex-ministros, educadores e especialistas – enquanto se nega a conversar com os 250 freelancers que tomaram o calote. Que diálogo pretendem VEJA e Exame? Até aqui a conversa da Abril tem sido com o juiz Paulo Furtado, da Vara de Falências e Recuperações Judiciais. Mais uma vez o juiz foi convencido pela Abril a adiar a assembleia de credores que decidiria a vida dos demitidos e freelancers. A assembleia esperada em fevereiro foi empurrada para abril e já passou para o fim de maio, podendo acontecer em junho. Não é possível esperar mais. A cada dia aumenta o número de demitidos com a geladeira vazia, inadimplentes no banco, com depressão, síndrome do pânico, tendo que suspender tratamentos de saúde. Dois jornalistas morreram em meio ao calote da Abril. Quantos de nós morreremos sem receber o dinheiro que é nosso? O evento da Abril quer arrumar o governo sem limpar a lambança feita na própria casa.
Um recado para os palestrantes: se estiverem do lado da cidadania e do respeito humano não poderão se omitir; terão de dizer, no fórum, que a Abril precisa consertar o estrago que fez na economia do país. Afinal, ela conduziu negócios que tornaram bilionários seus proprietários, os irmãos Civita, e jogaram na miséria seus empregados e prestadores de serviço, provocando o caos em todo o mercado editorial brasileiro.
Por isso, há 8 meses repetimos: #PagaAbril
100 dias de GOVERNO; 252 dias de calote da ABRIL
