ANDRÉ MOREAU -
Ao se reconhecer como cidadão brasileiro, o Sr. Ricardo Vélez Rodríguez, deveria ter tomado conhecimento dos princípios constitucionais que regem a Soberania Nacional. Ao se considerar publicamente defensor das ações dos Chicago Boys, no entanto, o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, demonstra aprovar a quebradeira do ensino público no Chile, a partir de 1973, colocando-se em posição, no mínimo, questionável, já que essa foi uma das metas da ditadura de Augusto Pinochet. Mas quando o ministro Ricardo Vélez Rodrigues resolve atacar o Povo brasileiro, chamando-o de ladrão, visando atingir a liberdade de cátedra com base na “Doutrina de Choques” de Milton Friedman, junto a Revista Veja, ultrapassa todos os limites de tolerância.
Enquanto ministro de Educação, membro do Executivo, o Sr, Ricardo Vélez Rodríguez, deveria ter sido informado que, a tentativa de implantar a ideologia de “escola sem partido,” nociva aos interesses nacionais, poderá resultar no seu impedimento de exercer o cargo de ministro da Educação, mas de acordo com as agressões publicadas na Revista Veja, fica nítido que o cidadão continuará agindo dessa forma: “(...) o brasileiro viajando é um canibal (...) rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem que ser revertida na escola (...)” para o ministro a universidade “representa a elite intelectual, para a qual nem todo mundo está preparado”. O uso da “Doutrina de Choques,” nesse caso, visa impor a disciplina “Moral e Cívica” aos currículos escolares, como foi feito na ditadura de 1964. Trata-se de uma violência social grave que ameaça o mencionado principio constitucional que assegura a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, já que quem a fez, ocupa o cargo de ministro de Estado.
As colocações do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, por outro lado, estimulam a guerra entre a classe média e os pobres, nas universidades. Quando ele diz que a universidade “(...) representa a elite intelectual (...),” restringe a competência dos docentes. Demonstra o interesse em dividir o corpo acadêmico. Quando afirma “(...) para a qual nem todo mundo está preparado” acentua a citada tentativa. Discrimina intelectualmente o Povo brasileiro, favorecendo a promoção de conflitos entre as classes sociais.
---
André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de Imprensa, arbitrariamente impedida de concorrer à direção da ABI nas eleições de 2016-2019 jornalabi.blogspot.com