HELIO FERNANDES -
Principalmente
os Institutos, não acertam uma. Nas conclusões adivinhações, fracasso total. Tomando
por base o ultimo ano da campanha, dois fatos que eram apresentados como
unânimes e incontestáveis.
1- Bolsonaro
venceria no primeiro turno. Isso era tido como tão irrefutável, que os 13
candidatos, até os que não saíam do 1 ou 2 por cento, brigavam entre si, para
ver quem disputaria com ELE, no segundo turno. Mas o erro em relação aos
números foi clamoroso. Ficaram tão longe da realidade que deviam ficar
envergonhados de irem diariamente á TV, para defender e justificar o que
propalaram.
Os dois
Institutos oscilavam pouco sobre a vantagem que Bolsonaro consagraria.
Garantiam sua passagem para o segundo turno, com números entre 22 e no máximo
26 por cento dos votos. Sem que ninguém percebesse (talvez nem ELE mesmo, que
duvidava da lisura das urnas eletrônicas) no domingo dia 7, Bolsonaro acumulava
49 milhões de votos, no total. E 46 milhões, contabilizando apenas os votos
validos. Surpresa e pânico total.
2- A outra
verdade não contestada por ninguém, sempre apregoada com as mesmas palavras:
"No segundo turno, Bolsonaro perderia para todos" Até para Alckmin,
que se julgava favorito por causa dos 5% do horário "gratuito" de
radio e televisão. Ou Meireles que gastou 70 milhões para ficar entre 1 e 2 por
cento dos votos.
Pois Bolsonaro
derrubou todos, com uma vantagem praticamente impossível de ser anulada até o
dia 28. No momento, Haddad está 16 pontos atrás de Bolsonaro. Além de precisar
subir, Haddad tem que tirar votos do capitão. Estagnado, sem crescer 1 voto que
seja, Bolsonaro será presidente. E ainda se dá ao luxo de fazer discurso desmoralizando
seu vice-general, condenando suas "caneladas" antidemocráticas.
Com isso
consolidou seus votos nazi-fascistas, e penetrou no mundo democrático e social.
"Reformarei a Constituição com apoio do congresso”, como diziam
inverdades, penetrou no campo do PT, garantindo: "Vou melhorar e
consolidar o Bolsa Família, e o Minha casa, minha vida".
PS- Haddad pode
ganhar vida e esperança, com a chegada de Jaques Wagner, hoje o grande líder do
PT. Desde 2006, não perde eleição, disputando ou apoiando.
PS2- Alem disso,
grande conciliador e coordenador.
PS3- No primeiro
encontro o candidato, aconselhou: "Você tem que ser mais Haddad do que
Lula" Foi o que faltou até agora.
PAULO GUEDES, O
BLEFE
Apresentado por
Bolsonaro, como o homem que comandará a economia do meu governo, "sou completamente
analfabeto no assunto", foi logo apagado e desautorizado. Ontem, Guedes
afirmou: "O mundo está empanturrado de economistas. Falta liderança".
Foi uma bela confissão, devia estar falando diante do espelho.