8.10.18

ELEIÇÕES 2018 - ROCINHA ESCOLHE SEUS CANDIDATOS

ALCYR CAVALCANTI -

Rio de Janeiro - A "Maior Favela da América do Sul" como é conhecida por seus moradores teve uma grande mobilização em sua enorme população. Com uma população estimada em mais de 120 mil habitantes, muitos ainda não transferiram seus títulos  dos estados de origem, geralmente a Paraíba e o Ceará. Um contingente de mais de 25 mil eleitores atrai políticos que geralmente prometem aquilo que nunca irão cumprir, um exemplo clássico é o ex-governador Sérgio Cabral.


Há uma década atrás a Rocinha descarregou seus votos em um candidato local, Claudio de Oliveira, o Claudinho da R1 na época presidente da UPMMR (Associação de Moradores) que foi eleito para a Câmara de Vereadores com eleitores também do Vidigal e do São Carlos. Mas seu exercício durou muito pouco, faleceu em pleno mandato. Desde então algumas lideranças se apresentam como Valdemar do Gás, Wiliam de Oliveira, Xaolin, Adelson Guedes, mas nenhum deles conseguiu se eleger apesar de alguns conseguirem expressiva votação.

Na manhã de domingo 07 de outubro, longas filas se formaram no Centro Rinaldo Delamare na Rua Berta Lutz, visto que este ano a Quadra da Acadêmicos da Rocinha ficou fechada. Muitas reclamações e algumas desistências. Muita militância e farta distribuição de santinhos em suas vias principais Via Ápia e a Passarela construída por Oscar Niemayer. Um dos candidatos que deverá ter boa votação é Alexei Kossiguin o "Alex da Peixaria"apoiado por André Lazaroni candidato a deputado federal pelo MDB. Rosenverg Reis do MDB tem o apoio de Valdemar do Gás, uma  das fortes lideranças da Rocinha, morador da Vila Verde e Xaolin do PSOL é apoiado por Marcelo Freixo.


Os moradores esperam que os candidatos que tudo prometem cumpram pelo menos parte do que prometeram e não façam como muitos que por aqui passaram, prometeram tudo e nada fizeram. As obras do PAC-1 ficaram inacabadas, as do PAC-2 não saíram do papel, nem plano inclinado nem teleférico.

Falta muita coisa, saneamento básico, melhor assistência médica, urbanização, frentes de trabalho e principalmente menos violência  por parte tanto dos governantes quando do poder paralelo que de fato é quem tudo controla na "Maior Favela da América do Sul".