Via FENEPOSPETRO -
Após seis meses de exaustivas reuniões, o Sindicato dos Frentistas do Espírito Santo fechou com sucesso a negociação dos seis mil trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência.
A queda acentuada nas vendas e o aumento do desemprego no setor de revenda de combustíveis refletiram diretamente nas negociações salariais dos frentistas de todo o país, neste primeiro semestre do ano. Apesar da forte pressão do setor patronal, o Sindicato dos Frentistas do Espírito Santo conseguiu virar o jogo e conquistou aumento real para os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência do estado. Após seis meses de intensos embates, o sindicato conquistou 7% de reajuste para a categoria, o que representa um aumento real de 1,56% nos salários.
Além do aumento, o presidente da entidade, Wellington Bezerra conseguiu manter todas as cláusulas da Convenção Coletiva. O impasse nas negociações foi provocado pela insistência dos patrões em retirar direitos e conceder aumento abaixo do índice da inflação. Segundo Wellington, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, a categoria saí fortalecida do processo negocial, porque fez valer os seus direitos e não cedeu às pressões. Ele afirma que o resultado positivo é fruto da resistência da diretoria do sindicato que lutou por aumento real e ganhos significativos nos benefícios. “Agora mais do que nunca é hora do trabalhador participar mais das assembleias e das ações do sindicato, para que nas próximas negociações possamos atravessar o mar com mais tranquilidade. O trabalhador precisa denunciar também as irregularidades no ambiente laboral, para que as leis sejam cumpridas”, completou.
O presidente do sindicato disse ainda, que a intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) no processo negocial foi fundamental para o fechamento do acordo. Na semana passada, a procuradora Maria de Lurdes Hora Rocha, do Ministério Público do Trabalho, exigiu do sindicato patronal uma posição com relação ao aumento dos trabalhadores. A proposta dos patrões foi apresentada em audiência de conciliação, nesta segunda-feira (5).
ACORDO - Com o aumento de 7%, o piso do frentista passará para R$1.308,93, já incluso o adicional de periculosidade. O reajuste é retroativo a 1º de janeiro, data-base da categoria, e as diferenças serão pagas em três parcelas. O sindicato também conseguiu elevar para 10% o adicional de assiduidade. O benefício é dado aos funcionários que cumprem, de forma correta, a jornada de trabalho e não faltam durante o mês.
O vale-alimentação também será reajustado em 10%. A partir de julho os trabalhadores vão receber R$ 275,00. Já entre janeiro e junho, o valor ficou fixado em R$ 270,00. O pagamento das diferenças retroativas do vale-alimentação será feito em duas parcelas.
NEGOCIAÇÃO - A Federação Nacional dos Frentistas ( FENEPOSPETRO) intercedeu, por várias vezes, em favor dos trabalhadores do Espírito Santo para que as negociações avançassem. O presidente da entidade, Eusébio Pinto Neto, participou da reunião no MPT, na semana passada. O vice-presidente da FENEPOSPETRO, Francisco Soares e o secretário financeiro adjunto da entidade, José Felipe, também desempenharam um papel importante nas negociações.
Além de duas audiências no MPT, Wellington Bezerra recorreu também ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para fechar o acordo. O Sindicato dos Frentistas do Espírito Santo representa seis mil de trabalhadores de postos e lojas em 78 municípios do estado.
* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro
