ANDRÉ MOREAU -
O jogo das eleições empurrou a população novamente para fora do tabuleiro. Falando em democracia, além de legitimar a idéia de que não houve golpe de Estado, a maior fraude da história brasileira, a direita alçou ao poder “candidatos surpresa” de extrema-direita, como nunca antes na história.
O lamentável é que líderes da esquerda pequeno burguesa, sabiam que a manutenção da candidatura do ex-presidente Lula, era uma forma de manter a janela aberta que garantiria a auto-estima da população, já tão atingida pelas perdas sociais e trabalhistas, a partir do golpe de Estado.
Ao admitir retirar a candidatura de Lula, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) aceitaram legitimar a idéia de que o golpe de Estado poderia ser superado nas eleições, sem consultar os trabalhadores, enfraquecendo de forma brutal a resistência da população diante dos agentes da extrema-direita. E logo na primeira eleição supervisionada por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), o que nos leva ao seguinte questionamento: observadores para legitimar o resultado emitido pelas máquinas de primeira geração? E a onda de violência de extrema-direita nas ruas, o que teriam os ilustres observadores a dizer? Geram fraude ou não?
Assim como a ascensão de Hitler foi gerada a partir do terror do exército não oficial denominado “Sturmabteilung” (Batalhão Tempestade), ou simplesmente AS¹ sobre grupos da população considerados comunistas, a extrema-direita no Brasil vem sendo insuflada desde 2013 para agredir os trabalhadores, bem como para acirrar a violência contra membros de movimentos sociais e partidos de esquerda, a partir do golpe de Estado.
A diferença é que hoje a tecnologia informática controla a localização de cada cidadão que tem um computador de mão, em segundos, ao contrário dos tempos em que sem a assistência tecnológica da IBM - com a tecnologia hollerith dos cartões perfurados, aliada a doutrina da mentira repetida -, se chegou a escala do Holocausto, em cerca de vinte anos.
Munidos de tal tecnologia, especialistas do consórcio dos meios de Comunicação trabalham para aferir quem mente sobre a farsa das eleições, entretanto ocultam o fato do grau da luta de classe ter aumentado em escala nunca antes vista, graças a narrativa de ódio promovida pelos “donos” dos meios de comunicação, para os quais trabalham, que se apropriaram das bandeiras “anti-corrupção,” dentre outras e as transformaram em instrumento político cirúrgico, da narrativa de mudança do sistema de governo que estamos vivenciando.
A vitória da direita só está sendo possível porque no lugar de questionar a introdução no ordenamento jurídico da “Teoria do Domínio do Fato” (Ação Penal 470), que abriu caminho para derrubar a Presidenta Dilma Rousseff com o impeachment, sem mérito, a esquerda pequeno burguesa passou a se preocupar somente com as eleições. Os mais afoitos membros do próprio PT chegaram a falar em virar a página do golpe.
Hoje falam em unir a esquerda com a direita contra o fascismo. Outro artifício difuso, criado por seqüestradores de mentes para desviar o foco da luta contra o golpe de Estado, visando confundir os trabalhadores sobre o que terão que enfrentar no aprofundamento da “ditadura branda” com base no Direito Penal do Inimigo.
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1. As AS foram criadas para intimidar partidos rivais do nazismo e proteger Adolphe Hitler, antes de sua ascensão ao cargo de Chanceler, no entanto o Comandante Supremo das AS, Günther Röhm, se tornou o mais poderoso seguidor de Hiltler, tendo em 1934 quase três milhões de membros, exigiu transformar as AS em força nacional. Já no poder, em 2 de julho Hitler dá a ordem para soldados da SS executarem o mais fiel amigo, Röhm. Foram recolhidos do depósito de armas da AS cerca de cento e oitenta mil fuzis, o dobro do que tinha o Exército. No expurgo que passou para a História com o nome “A Noite das Longas Facas” foram executados sumariamente cerca de dois mil seguidores de Röhm.
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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de Imprensa, arbitrariamente impedida de concorrer à direção da ABI nas eleições de 2016-2019 jornalabi.blogspot.com
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1. As AS foram criadas para intimidar partidos rivais do nazismo e proteger Adolphe Hitler, antes de sua ascensão ao cargo de Chanceler, no entanto o Comandante Supremo das AS, Günther Röhm, se tornou o mais poderoso seguidor de Hiltler, tendo em 1934 quase três milhões de membros, exigiu transformar as AS em força nacional. Já no poder, em 2 de julho Hitler dá a ordem para soldados da SS executarem o mais fiel amigo, Röhm. Foram recolhidos do depósito de armas da AS cerca de cento e oitenta mil fuzis, o dobro do que tinha o Exército. No expurgo que passou para a História com o nome “A Noite das Longas Facas” foram executados sumariamente cerca de dois mil seguidores de Röhm.
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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de Imprensa, arbitrariamente impedida de concorrer à direção da ABI nas eleições de 2016-2019 jornalabi.blogspot.com