REDAÇÃO -
A eleição de Jair Bolsonaro neste domingo (28) leva o país a uma outra fase da resistência ao avanço neoliberal e reacionário, que se fortaleceu em 2013, ganhou força com a vitória de Dilma Rousseff em 2014 e depois com o golpe em 2016.
Fernando Haddad que começou com 6% das intenções de votos realizou um feito extraordinário alcançando a marca de 47 milhões de votos no país (47.040.859), 44% dos votos válidos. E o ex-presidente Lula, mesmo preso, confirmou sua força eleitoral em todo o país.
E a força de Bolsonaro é desafiada pelo número de abstenções: 31.371.417 (21,30%), a maior desde 1998, quanto FHC se reelegeu presidente.
Apesar do antipetismo que marcou o discurso da campanha do adversário, o PT foi o partido que mais conquistou governos, sendo 4 deles no Nordeste e outros cinco como aliados na coligação. PSB irá comandar 4 estados.
Apesar do crescimento conservador, a oposição também se consolidou e, com o engajamento e a agregação de forças promovido pela candidatura de Fernando Haddad, sai fortalecida desta eleição.
E isso será mais necessário do que nunca, já que a promessa de Bolsonaro é nefasta para a classe trabalhadora, para as minorias, para o meio ambiente e a maioria da população pobre do país.
Porém, para avançar em pautas regressivas, como revogação do estatuto do desarmamento, reforma da previdência, fim da maioridade penal, mudança no currículo das escolas, privatização "de todas as estatais do país", e muitas outras, ele enfrentará resistência organizada da sociedade civil.
Para a CTB, o retrocesso terá de ser encarado como energia para a luta social, nas ruas e no Congresso. "O caminho da classe trabalhadora e seus representantes é o da resistência enérgica contra a nova onda de retrocessos anunciada pelo resultado final do pleito. Urge formar uma ampla frente democrática e popular em defesa da democracia, dos interesses sociais e da soberania nacional. A luta continua", afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.
Fonte: CTB