LUCAS RUBIO -
Coreia do Norte - Meu segundo dia na Coreia Popular começou por visitas a pontos muito conhecidos do país e realmente encantadores! Visitamos o Museu da Revolução Coreana, Monumento aos Líderes, Museu da Vitória na Guerra de Libertação da Pátria e a Torre Juche.
Pelas 8h da manhã, saímos do hotel junto com as delegações da Inglaterra, Suécia e alguns outros países e fomos para o Museu da Revolução Coreana, localizado bem atrás das gigantescas estátuas dos Líderes KIM IL SUNG e KIM JONG IL, na colina Mansu. Quando chegamos na colina, as estátuas estavam fechadas para visitação porque estavam passando pela limpeza diária, então entramos no museu.
Pelas 8h da manhã, saímos do hotel junto com as delegações da Inglaterra, Suécia e alguns outros países e fomos para o Museu da Revolução Coreana, localizado bem atrás das gigantescas estátuas dos Líderes KIM IL SUNG e KIM JONG IL, na colina Mansu. Quando chegamos na colina, as estátuas estavam fechadas para visitação porque estavam passando pela limpeza diária, então entramos no museu.
Como em qualquer lugar do mundo, dentro do Museu da Revolução Coreana não é permitido fotografar. Lá dentro, é possível ver incríveis artefatos, fotografias, maquetes e instalações que contam toda a história da Revolução Coreana, iniciada em 1926 com a fundação, por parte de KIM IL SUNG, da União para Destruir o Imperialismo. Nesse museu há fotos raríssimas e muito belas, além de bandeiras, medalhas, uniformes, documentos e outras coisas mais, incluindo até mesmo um carro soviético presenteado por Stalin a KIM IL SUNG. Como o museu é imenso, visitamos apenas algumas áreas, em especial a área que tratava da fundação da República, em 1948, já que estávamos visitando o país justamente por causa dessa data especial.
Uma das coisas que vale a pena citar e que vimos durante o passeio pelo museu, é que a primeira grande construção realizada pelo regime socialista após a libertação do país em 1945 é a Universidade KIM IL SUNG (1947), mostrando que o país investiu na educação logo no primeiro momento, uma vez que os ocupantes japoneses haviam destruído todas as instituições de ensino, sequestrado todas as mentes do país e destruído todas as indústrias. Era necessário reconstruir tudo isso e somente a educação foi capaz de realizar essa tarefa. No mesmo ano de 1947 o governo socialista confiscou as terras dos donos de terras e as distribuiu gratuitamente aos camponeses pobres.
As crianças sempre visitam os museus para desenvolver o conhecimento e o amor à história |
A nossa guia no museu ressaltou como que, em apenas 3 anos (de 1945 a 1948), KIM IL SUNG foi um verdadeiro mestre ao fundar um Partido, um Exército e um Estado! Outro fato muito legal é que logo em 1948, a Assembleia Popular elegeu para um dos ministérios mais importantes, o da propaganda, uma mulher. Em 1948, praticamente em lugar nenhum do mundo existiam mulheres trabalhando na política, mas na Coreia do Norte já tinha uma ministra.
Após sair do museu, podemos visitar as estátuas belíssimas de KIM IL SUNG e KIM JONG IL, os pais do povo coreano. As estátuas são imensas e são feitas de bronze. Até 2012, a colina Mansu tinha apenas a estátua de KIM IL SUNG, mas depois a estátua de KIM JONG IL foi inaugurada ao lado do Presidente. Atrás das estátuas há um lindo mosaico mostrando o Monte Paektu, o monte da fundação da Coreia e da Revolução, símbolo nacional. Bem ao lado, dá pra ver a famosa estátua do Chollima, o cavalo alado símbolo do desenvolvimento rápido do socialismo coreano. De frente para as estátuas, é possível ver toda a Pyongyang, visão lindíssima!!! E nos lados, bandeiras vermelhas com estátuas muito detalhadas de trabalhadores, camponeses, crianças, idosos...
Depois, fomos visitar o Museu da Vitória na Libertação da Pátria. Ele também é imenso, muito bonito e bem conhecido na Coreia, de modo que visitamos também apenas algumas áreas. Bem na entrada, conhecemos a nossa guia, uma militar graduada do Exército Popular da Coreia, muito simpática. Nessa hora, um momento engraçado: um camarada britânico, que me conhecia apenas na internet, virou pra guia e disse que eu era uma 'estrela na internet'. Que vergonha, kkkk! A guia olhou para mim e perguntou se era verdade e depois disse que esperava que eu tivesse uma boa impressão do museu.
Museu da Vitória na Guerra de Libertação da Pátria |
Bem na parte da frente do museu, monumentos belíssimos dando glórias aos soldados que deram a vida pela defesa da pátria contra os EUA. Nossa primeira visita foi aos equipamentos militares dos EUA capturados e destruídos pelos coreanos durante a guerra, um momento em que todos nós rimos e humilhamos os EUA, afinal, os arrogantes imperialistas americanos achavam que venceriam facilmente a Coreia por possuírem modernos equipamentos e a bomba atômica. Nessa guerra da bomba atômica contra o fuzil, venceu o fuzil e a força do povo coreano. Enquanto víamos os equipamentos usados pelos americanos e vários outros países que também foram pra guerra, tive a satisfação de dizer para nossa guia que o Brasil negou e nunca participou da Guerra da Coreia, graças à campanha pública do Partido Comunista Brasileiro e das mães dos soldados que se negavam a deixar seus filhos irem lutar numa guerra injusta do outro lado do mundo. Nessa parte do museu também havia equipamentos não só da guerra de 1950-1953, mas também equipamentos capturados em agressões ocorridas nas décadas seguintes, como helicópteros e até um micro-submarino para um homem só.
Equipamentos americanos capturados |
Depois, visitamos o USS Pueblo, um dos maiores troféus de guerra do mundo. É um navio espião americano capturado em 1968 enquanto tentava espionar as águas coreanas para realizar um ataque posterior. A Coreia do Norte é o único país do mundo que possui um navio americano capturado. Na época, os EUA ofereceram dinheiro para que o navio voltasse, mas a Coreia do Norte negou.
Dentro do navio, é possível ver os buracos das balas da artilharia norte-coreana que assaltou e capturou a embarcação. Também é possível ver vários documentos dos espiões, fotografias, os equipamentos de monitoramento do navio, uniformes, cartas com pedidos de desculpas ao povo coreano e também fotografias dos bravos coreanos envolvidos na captura do navio. E olha que honra! Nós tivemos a chance de ver e tirar uma foto com um veterano da Marinha, que servia na época e participou da captura do navio americano! Ele foi muito simpático e nos cumprimentou.
Torre Juche, a maior torre de concreto do mundo |
Depois disso, fomos para a Torre Juche! A Torre Juche, o meu sonho de anos!!! Na base da Torre, você olha pra cima e chega a doer o pescoço de tão grande e bela que ela é. Ela está na margem do Rio Taedong, o rio que corta Pyongyang, e de lá dá pra ver o centro da cidade, muito lindo! Na base da Torre, há várias plaquinhas de delegações do mundo todo que estudam a Ideia Juche. A Torre foi erguida em 1982 para comemorar os 70 anos de nascimento do Presidente KIM IL SUNG e ela tem um bloco para cada ano de vida do Presidente até então! Depois de ver a base da Torre, subimos até o topo dela!!! De lá, uma visão de tirar o fôlego: é possível ver toda a Pyongyang de lá, com um vento fresco incrível batendo. Meu coração estava em felicidade nunca antes vista, é muito bonito ver toda a cidade de lá! Você olha pra baixo e vê o Rio Taedong, que é límpido! Olha pro lado e vê o gigantesco Estádio Primeiro de Maio, o maior do mundo, além de outros monumentos e prédios conhecidos. Bem na frente, a monumental Praça KIM IL SUNG, o coração da Coreia...
O Rio Taedong e a belíssima visão de Pyongyang de cima da Torre Juche |
O dia foi incrível!!!
* Lucas Rubio - Presidente do Centro de Estudos da Política Songun-Brasil, coordenador do Núcleo de Política Internacional da Tribuna da Imprensa Sindical
* Lucas Rubio - Presidente do Centro de Estudos da Política Songun-Brasil, coordenador do Núcleo de Política Internacional da Tribuna da Imprensa Sindical