31.7.18

MAIS UMA PARA A COLEÇÃO NEFASTA AO TRABALHADOR FEITA POR TEMER

MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND -



A cada dia que passa o atual governo que ascendeu em  2016 se supera. Como se não bastasse o descaramento resultante da política em relação ao pré-sal, cujas reservas petrolíferas estão sendo praticamente doadas às multinacionais, além de todo o episódio que resultou na tentativa de nomeação para o Ministério do Trabalho da deputada Cristiane Brasil, que acabou não ocupando a Pasta porque tinha processos trabalhista de empregados contra ela, o presidente lesa-pátria Michel Temer nomeou para o mesmo Ministério um tal de Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, que simplesmente foi autuado 24 vezes em fiscalizações de trabalho em uma fazenda de sua propriedade no sul de Minas Gerais, entre 2005 e 2013.

Mas para Temer nada disso importa, porque o presidente  tem compromissos com o capital, não se importando de forma alguma com quem não obedece a lei, ainda por cima prejudicando trabalhadores. Essa é a realidade que Temer  procura de todas as formas esconder. Resta agora saber se o nomeado por Temer continuará  ocupando o mesmo cargo. Vale lembrar que a indicação anterior de Cristiane Brasil foi tentada até onde possível, mas chegou a um ponto que seria impossível a  confirmação do nome dela.

E agora a história se repete, mas com o agravante que as irregularidades de Vieira de Mello só apareceram depois da nomeação. É bem provável que a patota de Temer e o próprio presidente já sabiam, mas imaginavam que desta vez as falcatruas do nomeado não se tornariam públicas.
Em uma das 24  vezes em que foi autuado, a Justiça do Trabalho  ficou sabendo que Vieira de Mello simplesmente ao não assinar a carteira de trabalho de dois trabalhadores sonegava pagamento de imposto para o INSS e assim sucessivamente.

A mesma Previdência que  o lesa pátria tentou, mas não  conseguiu, reformar, naturalmente de forma perniciosa a quem trabalha. É uma prova contundente que Temer não está nem aí para essas coisas lamentáveis. Ele não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, mas não desistiu da ideia e pretende fazê-lo, segundo o noticiário, ainda este ano depois do término das eleições presidenciais.

Notem bem, um dos maiores defensores dessa reforma é Geraldo Alckmin, do PSDB, apoiado pela direita que se intitula de centro. Aliás, vale sempre lembrar que o tucano que governou São Paulo tem agora o apoio do bloco denominado Centrão, integrado por uma série de partidos que deram total respaldo ao projeto do governo lesa pátria de Michel Temer.

Assim caminha o Brasil atual, cuja direita que se diz de centro tenta de todas as formas impedir a candidatura  de alguém como Luis Inácio Lula da Silva, por  receio de que se for eleito colocará no lixo tudo de pernicioso que foi feito contra os trabalhadores. Como os que levam adiante o atual projeto que faz o Brasil andar para trás não querem correr risco, vale tudo.

A cada dia que passa tudo vai ficando ainda mais claro, até mesmo para os que eventualmente ainda tinha dúvidas a respeito. E quem por acaso continuar duvidando, basta acompanhar com isenção as manobras que estão sendo feitas para evitar que o projeto em andamento desde a ascensão de Temer  termine, por sinal, no lixo da história.