A cada dia que passa o atual governo que ascendeu
em 2016 se supera. Como se não bastasse o descaramento resultante da
política em relação ao pré-sal, cujas reservas petrolíferas estão sendo
praticamente doadas às multinacionais, além de todo o episódio que resultou na
tentativa de nomeação para o Ministério do Trabalho da deputada Cristiane
Brasil, que acabou não ocupando a Pasta porque tinha processos trabalhista
de empregados contra ela, o presidente lesa-pátria Michel Temer nomeou para o
mesmo Ministério um tal de Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, que
simplesmente foi autuado 24 vezes em fiscalizações de trabalho em
uma fazenda de sua propriedade no sul de Minas Gerais, entre 2005 e 2013.
Mas para Temer nada disso importa, porque o
presidente tem compromissos com o capital, não se importando de
forma alguma com quem não obedece a lei, ainda por cima prejudicando
trabalhadores. Essa é a realidade que Temer procura de todas as
formas esconder. Resta agora saber se o nomeado por Temer
continuará ocupando o mesmo cargo. Vale lembrar que a indicação
anterior de Cristiane Brasil foi tentada até onde possível, mas chegou a um
ponto que seria impossível a confirmação do nome dela.
E agora a história se repete, mas com o agravante que as
irregularidades de Vieira de Mello só apareceram depois da nomeação. É bem
provável que a patota de Temer e o próprio presidente já sabiam, mas imaginavam
que desta vez as falcatruas do nomeado não se tornariam públicas.
Em uma das 24 vezes em que foi autuado, a Justiça
do Trabalho ficou sabendo que Vieira de Mello simplesmente ao não
assinar a carteira de trabalho de dois trabalhadores sonegava pagamento de
imposto para o INSS e assim sucessivamente.
A mesma Previdência que o lesa pátria tentou, mas
não conseguiu, reformar, naturalmente de forma perniciosa a quem
trabalha. É uma prova contundente que Temer não está nem aí para essas
coisas lamentáveis. Ele não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, mas não
desistiu da ideia e pretende fazê-lo, segundo o noticiário, ainda
este ano depois do término das eleições presidenciais.
Notem bem, um dos maiores defensores dessa reforma é Geraldo
Alckmin, do PSDB, apoiado pela direita que se intitula de centro. Aliás, vale
sempre lembrar que o tucano que governou São Paulo tem agora o apoio do bloco
denominado Centrão, integrado por uma série de partidos que deram total
respaldo ao projeto do governo lesa pátria de Michel Temer.
Assim caminha o Brasil atual, cuja direita que se diz de
centro tenta de todas as formas impedir a candidatura de alguém como
Luis Inácio Lula da Silva, por receio de que se for eleito colocará
no lixo tudo de pernicioso que foi feito contra os trabalhadores. Como os que levam adiante o atual projeto que faz o
Brasil andar para trás não querem correr risco, vale tudo.
A cada dia que passa tudo vai ficando ainda mais
claro, até mesmo para os que eventualmente ainda tinha dúvidas a
respeito. E quem por acaso continuar duvidando, basta acompanhar com isenção as
manobras que estão sendo feitas para evitar que o projeto em andamento desde a
ascensão de Temer termine, por sinal, no lixo da história.