HELIO FERNANDES -
Está terminando o prazo de registro dos candidatos, e os
personagens que pretendem o cargo mais alto do país, se apresentam isolados. Os
vetos e as recusas se acumulam. Antigamente o cargo era disputadíssimo, uma
explicação: existem quase tantos vices que assumiram quanto presidentes que não
terminaram o mandato.
No momento em que supostamente disputamos (?) uma eleição,
quem está no poder é um vice usurpador. Implantada e não proclamada a
Republica, as derrocadas começaram. O primeiro cidadão que ocupou a vice, o
marechal Floriano derrubou o presidente, também marechal, Deodoro, ficou no seu
lugar, sem ligar para ninguém.
O senador Rui Barbosa, conversando com o presidente do
senado, Prudente de Moraes (depois o primeiro presidente civil) comentou que estava
admitindo entrar com recurso no Supremo, para afastar Floriano do poder. Este
soube, mandou um recado a Prudente de Moraes: "Se o Supremo aprovar HC
contra mim, quem concederá HC aos ministros?".
Diante das ameaças, intimidações e perseguições não tão
veladas, se exilou na Inglaterra, mandou uma carta, renunciando ao
mandato. Escrevia artigo semanal para O País. Voltou em 1994 quando Floriano deixou
o poder. Em 1996 se reelegeu senador. Foi 4 vezes candidato a presidente, a
primeira em 1910, a ultima em 1919. Em todas tinha que selecionar, muitos
queriam ser vice.
Em outras a mesma disputa acirrada pela vice. Agora, o vazio
e o isolamento. Convidados, muitos. Recusados, vários. Surgiu forte, o nome de
Josué Gomes, filho do vice de Lula. Alckmin insiste para que seja seu vice.
Empresário, reflete e resiste. Dona Marina, forte no segundo turno, agora
começa a conversar com um partido sem expressão ou bancada, o PROS.
O deputado Bolsonaro, fez 3 convites pessoais, todos
recusados. Quem trabalha com o estardalhaço habitual para ser vice dele, é a
advogada golpista, Janaina. Torço para que essa chapa se forme e se consolide, seja
registrada.
PS - Como o velho capitão não tem uma possibilidade em um
milhão de se eleger, o país se livra ao mesmo tempo, de 2 personagens
negativos.
NÃO EXISTE NOTÍCIA AGRADÁVEL
Gilmar Mendes acabou de fazer 62 anos. Como a aposentadoria
é com 75 anos, ainda temos 13 anos de suportabilidade. No quase fim de 2017,
apogeu da intimidade entre ele e Temer, examinaram a possibilidade dele se
transformar em presidenciável. Ficou entusiasmado. Em março deste 2018,
precisava se desincompatibilizar para ser candidato. Desistiu.
Como noticia ruim não tem fim, pedi a uma pessoa
com transito no STF, para saber quem paga as duas viagens de ida e volta a
Portugal, onde Gilmar tem duas Universidades. Não houve nem resposta.