25.7.18

A GUERRA DOS PRESIDENCIÁVEIS SEM VICES

HELIO FERNANDES -


Está terminando o prazo de registro dos candidatos, e os personagens que pretendem o cargo mais alto do país, se apresentam isolados. Os vetos e as recusas se acumulam. Antigamente o cargo era disputadíssimo, uma explicação: existem quase tantos vices que assumiram quanto presidentes que não terminaram o mandato.

No momento em que supostamente disputamos (?) uma eleição, quem está no poder é um vice usurpador. Implantada e não proclamada a Republica, as derrocadas começaram. O primeiro cidadão que ocupou a vice, o marechal Floriano derrubou o presidente, também marechal, Deodoro, ficou no seu lugar, sem ligar para ninguém.

O senador Rui Barbosa, conversando com o presidente do senado, Prudente de Moraes (depois o primeiro presidente civil) comentou que estava admitindo entrar com recurso no Supremo, para afastar Floriano do poder. Este soube, mandou um recado a Prudente de Moraes: "Se o Supremo aprovar HC contra mim, quem concederá HC aos ministros?".

Diante das ameaças, intimidações e perseguições não tão veladas, se exilou na Inglaterra, mandou uma carta, renunciando  ao mandato. Escrevia artigo semanal para O País. Voltou em 1994 quando Floriano deixou o poder. Em 1996 se reelegeu senador. Foi 4 vezes candidato a presidente, a primeira em 1910, a ultima em 1919. Em todas tinha que selecionar, muitos queriam ser vice.

Em outras a mesma disputa acirrada pela vice. Agora, o vazio e o isolamento. Convidados, muitos. Recusados, vários. Surgiu forte, o nome de Josué Gomes, filho do vice de Lula. Alckmin insiste para que seja seu vice. Empresário, reflete e resiste. Dona Marina, forte no segundo turno, agora começa a conversar com um partido sem expressão ou bancada, o PROS.

 O deputado Bolsonaro, fez 3 convites pessoais, todos recusados. Quem trabalha com o estardalhaço habitual para ser vice dele, é a advogada golpista, Janaina. Torço para que essa chapa se forme e se consolide, seja registrada.

PS - Como o velho capitão não tem uma possibilidade em um milhão de se eleger, o país se livra ao mesmo tempo, de 2 personagens negativos.

NÃO EXISTE NOTÍCIA AGRADÁVEL

Gilmar Mendes acabou de fazer 62 anos. Como a aposentadoria é com 75 anos, ainda temos 13 anos de suportabilidade. No quase fim de 2017, apogeu da intimidade entre ele e Temer, examinaram a possibilidade dele se transformar em presidenciável. Ficou entusiasmado. Em março deste 2018, precisava se desincompatibilizar para ser candidato. Desistiu.

Como noticia ruim não tem fim, pedi a uma pessoa com transito no STF, para saber quem paga as duas viagens de ida e volta a Portugal, onde Gilmar tem duas Universidades. Não houve nem resposta.