30.7.18

A DERROCADA DE AÉCIO NEVES

HELIO FERNANDES -


Quando o avô foi eleito presidente, em 1985, estava com 25 anos, já considerado grande herdeiro. Com tudo o que aconteceu, em 2002 falou que pretendia disputar a presidência. Serra gritou: "Estou com 60 anos, à vez é minha". Aécio ficou com a presidência da Câmara.

2006, quis novamente, lançaram Alckmin que tentará pela segunda vez. Aécio foi eleito governador, reeleito, senador. Sua hora só chegou em 2014. Foi para o segundo turno, recebeu um reforço de 150 milhões, teve 53 milhões de votos, assustou Dona Dilma. Mas de contradição em contradição, começou e se agravou sua derrocada. Desceu o mais baixo possível. Foi preso, impedido de ir ao senado, está em liberdade por causa da generosidade do ministro Marco Aurélio, do STF.

Só que é repudiado por todos, dentro e fora do desmoralizado PSDB. Alckmin já afirmou: "Não quero o Aécio perto do meu palanque". O mandato de Aécio termina agora, o partido nega legenda para a reeleição. E ele mesmo tem duvidas, acha que não se reelege. Quer tentar uma vaga na Câmara Federal.

PS- Retrocesso completo, aos 58 anos, precisa de um mandato.

PS2- Mas será aceito pelo partido?

800 MILITARES NA ROCINHA PRA QUÊ?

Ficaram pouco mais de 24 horas, foram embora, não podem ficar para sempre. Para sempre, tem que ser uma intervenção dura, repressiva, construtiva. Não pode ser eleição, os milicianos e traficantes vão ganhar, retumbarão: "Os moradores nos escolheram". A UPP foi uma boa ideia, desperdiçada, por falta de visão, de orientação, convicção, autoridade.

O interventor tem que ter autoridade total, levar arquitetos, engenheiros, médicos, as exigências dos moradores o objetivo. Saneamento básico, prioridade absoluta. Milicianos, traficantes, Comando Vermelho, não tem que ser expulsos e sim presos e condenados. Afinal, na Rocinha e em outras favelas, são moradores como os milhões de outros.

Mas tem que ser urgente e permanente, não repita o fracasso da chamada intervenção militar. O Exercito tem outra missão.