ANDRÉ MOREAU -
O equilíbrio dos jogadores da Seleção de Futebol da Rússia que de goleada 5 X 0 venceu a Arábia Súdita (14), refletiu o nível de bem estar social da nação anfitriã da Copa do Mundo, que ao contrário das freqüentes satanizações dos vassalos do império, é fruto da independência preservada como uma boa vodca pelo competente Governo do Presidente Vladimir Putin, reeleito com mais de 76% dos votos válidos no dia 18 de março de 2018.
Os craques Gazinskiy, Cheryshev (2 gols), Dzyuba e Golorin abrilhantaram a festa dos trinta e dois povos que sacudiram o estádio Luzhniki, em Moscou, sob o chamamento dos torcedores: "Rússia, Rússia, Rússia..." O êxito da potência russa foi brindado com mais essa vitória, assistida pelo Presidente Vladimir Putin da tribuna ao lado de Gianni Infantino, Presidente da FIFA, e do Príncipe da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, o mais jovem da linhagem aliada aos estadunidenses nas satanizações, invasões de territórios do Oriente Médio e em guerras com base em mentiras repetidas, que, no entanto, dosou a ditadura imposta por seus antecessores, permitindo que as mulheres freqüentem cinemas e dirijam carros.
A cantora Aida Garifullina se destacou ao lado de Robbie Williams. A aparição de Ronaldo de mãos dada com o pequeno russo que simbolizou o futuro, no entanto, deve ter surpreendido os mais esclarecidos sobre o empenho do ex-jogador no golpe de Estado que derrubou a Presidenta Dilma Rousseff, afinal ele se vangloriava por ter votado no perdedor Aécio Neves, antes de saber em quem realmente havia votado.
As satanizações feitas contra o Presidente Vladimir Putin, pelo comentarista que abriu as transmissões "exclusivas da Globo", para o Brasil, não foram capazes de ofuscar a auto estima dos torcedores já tão atingidos pela "ditadura branda", pelo contrário, lembraram o "modus operandi" de O Globo, dirigido por Irineu Marinho, no comando das conspirações preparatórias do golpe empresarial/militar de 1º de abril de 1964, quando também comandou o Departamento de Propaganda e Cinema (1962-1971), do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPÊS), objetivando derrubar o Presidente João Goulart.
"João sem medo"
O futebol foi usado por ditadores como instrumento de alienação. O nível de manipulações dos ditadores entrou para a História do Brasil quando o gigante jornalista e treinador, João Saldanha (1917 - 1990), foi afastado pelo ditador Emílio Médici, em março de 1970, depois de ter dirigido as "Feras do Saldanha" - a Seleção Brasileira de futebol -, classificada em 1969 para a Copa do Mundo do México. Saldanha foi afastado da Seleção 6 dias antes do embarque da delegação para o México, pela direção da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), a atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Justificativa: ter se recusado a escalar Dario, o Dadá Maravilha, conforme havia sido imposto por Médici, que segundo o próprio Saldanha, não passou de uma justificativa do ditador para afasta-lo da Seleção, em função da divulgação feita pelo jornalista sobre o acirramento das práticas da ditadura pós Ato Institucional nº 5 (68): seqüestros, torturas, assassinatos e desaparecimentos. Mário Jorge Lobo Zagallo substituiu Saldanha e Dadá foi imediatamente convocado. A Seleção conquistou a Taça Jules Rimet.
João Saldanha
25/05/1987
E o que dizer do 7 X 1 da Alemanha contra o Brasil, na presença da Presidenta Dilma Rousseff?
Foi um dos maiores choques da narrativa de ódio visando derrubar o Governo democrático da mandatária eleita por mais de 54 milhões de cidadãos ou azar?
No caso da Rússia a narrativa do bloco ocidental de comunicação comercial é uma engrenagem maior desse mesmo círculo vicioso, que repete frases sobre a falta de alternância no Governo, sem levar em conta que o voto na Rússia não é obrigatório e que o Presidente Vladimir Putin tem aprovação da população, superior a 80%.
Com a Copa do Mundo na Rússia, a tentativa de forjar uma imagem falsa do Presidente Vladimir Putin, ao que tudo indica, sairá pela culatra, revelando aos cidadãos incautos da Europa, dos EUA e da América Latina, a verdade ocultada pelo consórcio de comunicação do Ocidente, sobre sua legitimidade.
O contexto da relação entre as 32 nações que participam da Copa do Mundo na Rússia
Após a avassaladora vitória do Presidente Vladimir Putin nas últimas eleições, as forças do Ocidente partiram para o ataque aberto. A tentativa de assassinar o ex-agente duplo, Skripal, no território Britânico, indicou o nível das ações dos agentes envolvidos nas conspirações e o grau de satanização dos "informantes não oficiais", visando desestabilizar a Federação Russa.
Os agentes dos regimes estadunidense e israelense continuam incitando líderes de países da Europa na tentativa de convencê-los a concordar com um ataque contra o Irã, mas o dissenso entre Donald Trump e os dirigentes europeus, principalmente da Alemanha e da França, sobre a ameaça contra o Irã, no entanto, aumentou.
Por outro lado, o Diretor Executivo da Human Rights Watch, Kenneth Roth, emitiu no último dia 22 de maio, declaração solicitando que os líderes mundiais boicotem a abertura da Copa do Mundo, para que a Rússia mude sua política de apoio às manobras militares na defesa do Presidente da Síria, Bashar al-Assad.
No Brasil, a narrativa anti Putin, acirrada pelo consórcio dos meios de comunicação, tenta diariamente contaminar incautos ligados ao mundo do futebol. A repercussão da morte em 11 de outubro de 2013, no bombardeio próximo a cidade de Azaz, na região da fronteira com a Turquia, do ex-jogador Burak Karan, que atuou nas seleções de base da Alemanha, mas interrompeu a carreira para se converter ao islamismo, tendo se juntando ao Estado Islâmico (EI), visando derrubar o Presidente da Síria, Bashar al-Assad, teve ampla repercussão, mas sem mencionar como foi criado o EI e como realmente ele se transformou em terrorista.
Com a vitória acachapante contra a Arábia Saudita, a Seleção da Rússia saiu na frente do Grupo (A), com três pontos.
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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de imprensa, jornalabi.blogspot.com arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019.