ROGER MCNAUGHT -
Mais uma vez a (indi)gestão do (des)prefeito Marcelo
Crivella se torna o centro das atenções devido à medidas descabidas. Em um mandato marcado pela polêmica, por
atitudes consideradas por muitos como censura, pelo constante desrespeito à
vontade popular e pelo total descaso para com a coisa pública, o (des)prefeito volta
à mídia da pior forma possível.
O mais recente desmando foi a decisão de “reformular” a
operação Centro presente, cujo contrato se encerraria no próximo dia 30 e
considerava-se anteriormente que seria renovado. A operação, que ficou amplamente conhecida
pela população devido à atuação de patrulhamento e policiamento possui
entretanto outras facetas – além de policiais, há também
agentes civis e assistentes sociais, que atuam em ações voltadas à população em
situação de vulnerabilidade social no centro do Rio de Janeiro. Os demais agentes, embora dedicados à funções
de segurança pública, também participam ativamente de ações voltadas à
assistência social – algumas inclusive promovidas por grupos e associações
filantrópicas da sociedade civil.
Tal “reformulação” iria – a pretexto de corte de custos e
sem ouvir a sociedade que se organizou inclusive promovendo abaixo-assinados em
apoio à operação – desmontar boa parte da estrutura atual, impossibilitando o
atendimento de assistência social e introduzindo servidores da Guarda
Municipal, notórios por repetidos casos de violência contra vendedores
ambulantes e pessoas em vulnerabilidade social.
NOTÍCIA RUIM NUNCA VEM
SOZINHA
Enquanto o (des)prefeito cuida muito bem das pessoas integrantes
dos grupos políticos que o apoiam nas insanidades à frente da prefeitura, a
dose amarga não se limita apenas à operação Centro Presente.
Em conversa informal, agentes confirmaram que outras
operações, cujos contratos ainda vão até o segundo semestre, estão com
pagamentos incertos e temem estar na “fila do abate” da (des)prefeitura.
A “fila do abate” no entanto já ameaça os inativos do
município, com uma proposta tacanha de taxação que, na prática, resultará em
uma redução de massa salarial de servidores aposentados que dedicaram suas
vidas à população da cidade do Rio de Janeiro.
Além de vitimar os servidores inativos e a operação Centro
Presente, a (indi)gestão municipal vem cometendo erros grotescos nas políticas
públicas voltadas aos mais necessitados:
Remoções de moradias irregulares não estão vindo acompanhadas de
estrutura suficiente para acolher os despejados – alguns inclusive se
amontoando no gramado em frente à prefeitura – e abrigos da prefeitura correm
sérios riscos. O abrigo de Bonsucesso,
por exemplo, já se encontra sem energia elétrica devido a corte no
fornecimento.
Pobre Rio de Janeiro...