HELIO FERNANDES -
Havia enorme expectativa a respeito da posição do STJ em relação ao recurso do ex-presidente. Sua defesa pretendia que ele não fosse preso, a não ser depois do julgamento final do STF. O vice presidente em exercício da presidência, recebeu, nem leu, votou contra e mandou para a Quinta Turma, que trata dos processos da Lava-Jato.
Na quarta, ás 22 horas, o STJ comunicou a transferência do julgamento. Nenhuma explicação, não dão a menor importância á opinião publica. Hoje, segunda, continua na pauta do julgamento. Não sei se haverá a sessão, critiquei o adiamento sem causa conhecida. O suspense aumentou.
Também fui duro com os 3 desembargadores do TRF4. Chamei a decisão deles de capciosa, facciosa, ruinosa, praticamente criminosa. Também afirmei que tudo foi premeditado, combinado, previamente acertado. Foram unânimes até no aumento de 3 anos na condenação.
E o conteúdo dos 3 votos, rigorosamente iguais, uma procura de palavras parecidas ou quase iguais.
E como vivemos um clima de corrupção e de suspeição, não ha serenidade, credibilidade, responsabilidade, me acusaram de "lulista e de defensor da sua candidatura". As criticas aumentaram tanto, que resolvi colocar a realidade no centro do espetáculo.
1- Não tenho e nunca tive qualquer ligação com Lula. 2- Nas 5 vezes em que ele foi candidato, não recebeu meu voto. 3- 1989, 1994,1998, 2002 e 2006,meu voto foi publico e notório, sendo que em duas não votei. 4- Nos 8 anos em que Lula foi presidente, não passei nem perto do Planalto. 5- Se o Lula ficar elegível, não terá meu voto de jeito algum.
Minha posição é a mesma dos quase 80 anos de jornalismo, praticamente na oposição. Defendo intransigentemente a democracia. Combato e combati todo e qualquer tipo de ditadura. Considero a pior de toda a que está sendo tramada e plasmada agora: a ditadura do judiciário, arruinada pelo execrável "auxílio moradia".
PS- Posso dizer como o Apostolo Paulo, "combati sempre o bom combate".
PS2- Pratiquei sempre o jornalismo de trincheira, por que iria mudar agora?
PS3- Sem Lula, não haverá eleição. Se ele concorrer e perder, vitoria da democracia.