25.2.18

JABUTICABA

MIRANDA SÁ -

 “A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa” (Jô Soares)


Pode ser Jaboticaba ou Jabuticaba; as duas formas estão corretas: jabuticaba, com “u” ou jaboticaba, com “o”. É o fruto de uma árvore da família das mirtáceas que se alastrava na Mata Atlântica e ainda hoje aparece com frequência nos estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Alguém inventou que o fruto da jabuticabeira era de exclusividade brasileira, e mesmo usando a expressão por ignorância, ela se espalhou tornando-se popular nos comentários políticos e até em salas de aula. Na verdade, somente uma das espécies, a “Myrciaria jaboticaba” chamada de jabuticaba-sabará, é brasileira.

As demais são encontradas no Uruguai, Paraguai, Argentina, fraldas dos Andes, Guianas e América Central, anulando a expressão xenófoba…. É somente nosso, sem dúvida, o pau-brasil (Paubrasilia echinata).

O Pau-brasil, com registros da época em que os franceses e portugueses aqui aportaram para leva-lo para Europa, grassava no Brasil, no litoral do Rio de Janeiro ao Amazonas. Em tupi-guarani era chamado de “ibirapitanga” onde “ybirá” significa “árvore” e “pitanga” é “encarnado”; os lusitanos, pela tinta rubra dela extraída, batizaram-na de pau-brasil e, com isto, deram o nome ao nosso País.

Em sua homenagem, o pau-brasil foi declarado patrimônio nacional em 1978, através da Lei nº 6.607, que estipulou o dia 3 de maio como a data oficial da árvore.

Também restrita ao Brasil, é a impunidade. Está solta quadrilha lulopetista chefiada por Lula, Dirceu e Dilma, que assaltou o Brasil e quase destruiu a Petrobras, que era a terceira empresa petrolífera do mundo e se reduziu na economia internacional.

Acrescentando mais uma meia dúzia de pelegos na alta hierarquia do PT, vale lembrar que este partido nascido de uma jogada do general Golbery aproveitando o pelego da Lula da Silva, surgiu proclamando-se a “esquerda ética” denunciando a corrupção.

O “partido de novo tipo” ficou apenas no discurso e na desmoralização dos poderes republicanos, igualando-se aos 300 picaretas do Legislativo, que denunciavam; aparelhando o Judiciário com fiéis companheiros; e transformando o Executivo numa bolsa de valores mediadora da cobrança de propinas.

Este é o desenho da árvore do pau-brasil da política, sem igual no concerto internacional…. Vemos que nos países que combateram a corrupção, nenhum presidente ou ex-presidente escapou do cutelo da Justiça, alguns tanto ou mais populares do que Lula.

Lembremos Carlos Menem, na Argentina; José Sócrates, em Portugal; Alberto Fujimori, no Peru; e Park Geun-hye, na Coreia do Sul; todos julgados e devidamente punidos pela prática de corrupção.

Aqui, Lula já foi condenado a 12 anos e um mês, e responde a mais seis processos, todos por corrupção e agravados pelo delito de terem sido praticados no exercício da presidência da República. Dilma, que fez o papel de fantoche dele na presidência, foi cúmplice da criminosa na compra da Refinaria de Pasadena e impichada “apenas” pelas pedaladas fiscais e mantendo criminosamente os direitos políticos.

Vê-se assim que a impunidade é coisa nossa, como o pau-brasil. As jabuticabas foram chupadas, com caroço e tudo, no Paraguai, com o ex-presidente Luís Macchi preso; com Menem apenado e os Kirchner sob investigações; e o guatemalteco Affonso Portillo condenado a cincos anos de prisão.

Muita gente ignora que o pau-brasil é preciosamente usado como arco de violino, que chega a custar US$ 10 mil! Está na hora de usá-lo para tocar a marcha fúnebre do lulopetismo, levando-o à cova da criminalidade.