4.1.18

LESA PÁTRIA TEMER CONSIDERA NORMAL CONSULTAR JEFERSON PARA A INDICAÇÃO DE NOVOS MINISTROS

MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND -


Mais uma baixa no Ministério do governo golpista lesa pátria de Michel Temer, desta vez, segundo anunciam os jornalões, foi a vez do Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira do PRB. O político que preside o referido partido, como Ronaldo Nogueira, do PTB, que ocupava o Ministério do Trabalho, pretende se reeleger para a Câmara dos Deputados e deve ter avaliado que continuar prestando serviços ao governo Temer poderia lhe custar a perda do mandato.

E assim começa o ano do governo usurpador de Temer, cujo programa continua tendo o apoio da mídia comercial, que o apresenta como “salvador da pátria” e diariamente informa, com base em fatos duvidosos, sobre “avanços” na economia e tudo mais.

Enquanto isso, a ocupação do Ministério do Trabalho pelo PTB está tendo problemas já que o primeiro indicado, o maranhense Pedro Fernandes, foi vetado por José Sarney, que o considera desafeto. O veto, que cinicamente o poderoso político do PMDB, mesmo sem mandato, nega, fez com que o presidente do PTB, Roberto Jeferson, se reunisse no Palácio Jaburu com o lesa pátria Michel Temer, fato considerado normalíssimo pela mídia comercial, que prefere centrar críticas em figuras como Luis Inácio Lula da Silva e outros do PT. Mas quando a referência é Jeferson, não é lembrado o passado desse político, hoje presidindo o PTB.

Ou seja, para a mídia comercial, especialmente O Globo, a reunião do lesa pátria Temer com Jeferson para decidir um impasse na indicação de um Ministro é considerado fato normal e sem problema de nenhum tipo. Na verdade trata-se de uma demonstração inequívoca do grau de deterioração da política brasileira com a ascensão da patota golpista sob o comando de Temer.

E já se informa que o lesa pátria Temer nomeou a filha de Roberto Jeferson, a deputada federal Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho, o que confirma também que o presidente do PTB tem forca neste governo ilegítimo e também o grau a que chegou o momento político no país.

É realmente uma lástima o que acontece no país, mas a cobertura midiática segue como se tudo fosse absolutamente normal. Nesta altura, possivelmente muitos dos incautos que saíram às ruas, estimulados pela mídia comercial para apoiar o impeachment de Dilma Rousseff, devem estar talvez entendendo um pouco mais os acontecimentos em que se viram envolvidos por meio da manipulação da informação. Foram massa de manobra para acobertar a ascensão de um governo que encara com normalidade precisar de Roberto Jeferson e figuras marcadas do gênero para a escolha de Ministros.

Esse é o tempo que vive o Brasil tendo a frente não só o lesa pátria Michel Temer como figuras como Eliseu Padilha, Moreira Franco e outros tantos, para não falar de apoiadores que se encontram presos acusados de responsáveis por desvios do erário público.

De qualquer forma, já estamos em 2018 e os golpistas atuais tentarão de tudo para evitar que sejam julgados nas urnas a 7 de outubro próximo. Estão desde já divididos e com dificuldades de indicar um candidato de consenso para disputar a eleição presidencial. Temem, na verdade, que o resultado eleitoral venha a ser contra as medidas que se anunciam quase todos os dias e com o apoio de quem manipula a informação.

Como primeira medida, os golpistas querem evitar que Lula venha a ser candidato e se confirmem as pesquisas que o apontam como favorito. O julgamento em Porto Alegre no próximo dia 24 poderá ser um indicativo, embora não definitivo se o ex-presidente poderá vir a ser candidato agora em outubro.

Os golpistas têm consciência e temem o julgamento da opinião pública, porque sabem perfeitamente que mesmo com a manipulação da informação não conseguirão, como antes, enganar os eleitores. Daí surgirem diariamente informações dando conta da possibilidade de mudar o regime para parlamentarista ou semipresidencialista com o objetivo de evitar que um Presidente eleito possa vir atrapalhar os projetos de entrega das riquezas nacionais, como vem acontecendo no atual governo do lesa pátria Michel Temer.

Resta, portanto, acompanhar com a máxima atenção os fatos atuais e de alguma forma se mobilizar para evitar mais um golpe, agora como continuidade do golpe acontecido em 2016.

* Via e-mail/Mário Augusto Jakobskind, é Professor, Jornalista, Escritor, vice-presidente na Chapa Villa-Lobos, arbitrariamente impedida de concorrer à direção da ABI (2016/2019) e Coordenador de História do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê - Canal Universitário de Niterói.