REDAÇÃO -
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) deram início ao primeiro congresso de seu futuro partido político neste domingo (27), em Bogotá. O congresso terá 6 dias de duração e marca mais um passo no abandono da guerra civil que o grupo lutou por mais de 50 anos.
"A partir deste evento, nos transformaremos em um novo grupo exclusivamente político que realizará sua atividade por meios legais", disse o líder das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, aos participantes do congresso.
"Temos diante de nós muitos desafios e muitas dificuldades", disse Londono. "Nada é fácil na política". Melhorias nas condições das zonas rurais serão uma prioridade, disse o novo líder político.
No local do congresso, há uma pintura com as imagens de Fidel Castro, Ernesto "Che" Guevara e do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez e Jesus Cristo. Até o momento, o nome da futura agremiação será Força Alternativa Revolucionária da Colômbia.
A expectativa é de que seja definida a plataforma política do grupo para as eleições presidenciais e legislativas previstas para 2018.
"Eu acho que as FARC tentarão uma consolidação regional, usando a presença e a influência que têm em certas províncias", disse Catalina Jimenez, professora de ciência política da Universidade Externado. "A nível nacional, eles precisam de uma grande quantidade de votos que ainda não têm."
As FARC abandonaram a via armada em 2016, após um acordo costurado pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos. O acordo previu a entrega das armas da guerrilha, o estabelecimento de uma justiça de transição e cotas de participação legislativa.
A ex-guerrilha entregou 8 mil armas à missão da Organização das Nações Unidas (ONU) que acompanhou o processo. Entretanto, a transição não ocorreu sem atritos. O governo questiona a lista de ativos de US$ de 324 milhões entregue pelas FARC e afirmou que irá formar uma comissão para apurar se o grupo foi transparente sobre os bens que acumulou na ilegalidade. (via Sputnik)
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80% das reportagens sobre o Brasil no exterior são negativas
Da coluna de Lauro Jardim no Globo:
A imagem do Brasil no exterior, ao menos aos olhos da imprensa, é a pior possível.
Um estudo inédito da consultoria Imagem Corporativa, feito a partir das 1.170 reportagens sobre o Brasil em treze reputados jornais e revistas de onze países, publicadas no primeiro semestre, constatou que 80% delas eram de teor negativo.
Em igual período, mas de 2009, 83% das reportagens sobre o Brasil no exterior eram positivas.