REDAÇÃO -
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, decretou novamente a prisão do ex-presidente do Detro (Departamento de Transportes do Rio de Janeiro) Rogério Onofre. Ele foi preso em julho na Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que apura corrupção no setor de transporte no Estado, e havia sido libertado na última terça-feira (22) após um habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.
A Ponto Final afirma que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) recebeu do setor de transportes R$ 144,7 milhões entre 2010 e 2016. No mesmo período, Onofre, então presidente do Detro, teria recebido R$ 43,4 milhões, segundo investigações. A propina era paga com recursos de um caixa dois formado pela Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) a partir da arrecadação junto a 26 empresas de ônibus, que somou R$ 250 milhões entre 2013 e 2016.
Em novo pedido de prisão preventiva, o MPF (Ministério Público Federal) sustentou que Onofre fez ameaças a outros investigados da operação. A defesa do ex-diretor do Detro não foi localizada. (via UOL)
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Ninguém assume erro grotesco em faixa de apoio a juiz do Rio no ato que juntou Caetano e o Vem Pra Rua
Empunhada por Caetano Veloso, por outros artistas e pelo juiz federal Marcelo Bretas, a faixa de apoio ao magistrado fluminense, exibida no ato de desagravo a Bretas e de crítica ao ministro Gilmar Mendes, do STF, chamou a atenção por um detalhe sem relação com os debates jurídicos: o uso errado da vírgula, separando sujeito do verbo na frase “O Rio, está com você” (sic).
O escorregão gramatical rendeu comentários irônicos na internet desde a última quinta-feira. Entre artistas, políticos, juízes, procuradores e movimentos sociais presentes ao ato, ninguém assume a autoria do tropeço. Participantes do evento contaram que os dizeres foram levados pelo movimento Vem Pra Rua, que ajudou a promover o desagravo junto da Associação de Juízes Federais (Ajufe) e da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O Vem Pra Rua tira a vírgula equivocada de seu colo.
– Não era nossa a faixa. Nós levamos duas faixas, uma bem maior, que por ser muito grande não foi usada para a foto, e outra menor (“Precisamos de mais Moros e Bretas e menos Toffolis e Gilmars”). Mas, como tinha o nome do Gilmar Mendes, assessores da Justiça Federal pediram para ela não ser usada na foto, porque o Bretas estaria ali também. Algum cidadão levou essa faixa, que acabou indo para a foto. Na hora ninguém reparou nem comentou a vírgula – explica Adriana Balthazar, coordenadora do Vem Pra Rua no Rio.(…)
(via Globo)