26.7.17

1- JUIZ DO DF MANDA SUSPENDER TARIFAÇO DOS COMBUSTÍVEIS; 2- O DISCRETO MILAGRE DA ESQUERDA URUGUAIA: 15 ANOS DE CRESCIMENTO ININTERRUPTO

REDAÇÃO -


O juiz substituto da 20ª Vara Federal de Brasília, Renato Borelli, decidiu pela suspensão imediata do decreto assinado por Michel Temer na semana passada que elevou as alíquotas do PIS e Cofins sobre os combustíveis.

Com o aumento, que entrou em vigor na última sexta-feira (21), a gasolina subiu R$ 0,41 por litro. A medida praticamente elevou a tributação sobre o combustível para mais que o dobro, o que resultou em um aumento de R$ 0,89 por litro para o consumidor final. Além disso, o consumidor também paga R$ 0,10 por litro por meio da Cide.

O impacto sobre o diesel foi de R$ 0,21 resultou em uma alta final de R$ 0,46 por litro. Já o peso do aumento dos impostos sobre o etanol foi da ordem de R$ 0,20 por litro.

O aumento dos impostos sobre os combustíveis foi anunciado pelo governo como uma forma de arrecadar R$ 10,4 bilhões de maneira a contribuir para tapar o rombo das contas públicas, cujo déficit estimado para este exercício é da ordem de R$ 139 bilhões. (via 247)

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O discreto milagre da esquerda uruguaia: 15 anos de crescimento ininterrupto

Até o ministro da Economia uruguaio, o veterano Danilo Astori, de 77 anos, tem dificuldade em acreditar. Seu país, uma pequena ilha de paz política, social e econômica entre dois gigantes convulsionados como Brasil e Argentina, protagoniza o que chamam de desacople(desacoplamento). Enquanto os dois colossos sofrem – em 2016 ambas as economias encolheram – e outras experiências, como a venezuelana, afundam, o Uruguai, dirigido desde 2005 pela esquerda tranquila da Frente Ampla, está prestes a completar 15 anos de crescimento ininterrupto, um recorde histórico para essa pequena nação de 3,3 milhões de habitantes. O país não tem petróleo ou cobre, mas soube explorar outros recursos: soja, gado, turismo e um intangível: uma grande estabilidade política sem grandes escândalos de corrupção.

O Uruguai nem sempre foi um remanso de paz. Vivia pendente do Brasil e da Argentina. Em Montevidéu se dizia que quando eles tossiam, o Uruguai pegava um resfriado. A última vez foi entre 1999 e 2002. A crise do corralito argentino acabou afundando o país: fuga de capitais, 40% da população em situação de pobreza, colapso do sistema financeiro, bancos resgatados. Foi difícil sair, mas a lição foi aprendida: tanta dependência nunca mais. (via El Pais)