7.6.17

1- GILMAR MENDES CHAMA DE FALACIOSO ARGUMENTO DE HERMAN BENJAMIN PARA INCLUIR DELAÇÕES DA ODEBRECHT; 2- TEMER SE ENROLA E ADMITE QUE VOOU NO JATO DE JOESLEY

REDAÇÃO -


A retomada do julgamento da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer na manhã desta quarta-feira (7), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi marcada por uma nova troca de alfinetadas entre o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, e o relator da ação, o ministro Herman Benjamin (foto). Os dois já haviam se estranhado ontem à noite. No início da sessão de hoje, Benjamin defendeu a rejeição de uma das preliminares – questionamentos das defesas sobre procedimentos adotados durante a fase de instrução e colhimento de provas do processo. Nesse caso, as defesas de Dilma e Temer pediam exclusão da delação da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura dos autos em análise.

O relator defendeu a inclusão dos novos depoimentos alegando que a legislação eleitoral confere ao juiz esse tipo de atribuição. “Foi dito da tribuna que essa ação tem um nome sintomático, ação de investigação judicial eleitoral”, declarou. “Aqui é uma ação destinada a investigar judicialmente e, por isso, está sob o mando das atribuições da corregedoria”, declarou, em alusão ao TSE. (via Congresso em Foco)

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Temer se enrola e admite que voou no jato de Joesley

Depois de chamar o empresário Joesley Batista, que recebeu fora da agenda, de “falastrão e fanfarrão”, Michel Temer mudou sua versão e admitiu ter voado no jatinho particular do empresário.

Temer admitiu que utilizou uma aeronave particular em 2011, para ir com sua família a Comandatuba, na Bahia. Mas negou que soubesse de quem o jato. Na terça-feira (6), o Palácio do Planalto havia dito que, em 2011, o Temer viajou em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para a Bahia.

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o empresário Joesley Batista afirmou que o Temer e sua mulher, Marcela Temer, viajaram em jato particular do executivo da JBS quando o peemedebista era vice-presidente (leia mais).

“O então vice-presidente Michel Temer utilizou aeronave particular no dia 12 de janeiro de 2011 para levar sua família de São Paulo a Comandatuba, deslocando-se em seguida a Brasília, onde manteve agenda normal no gabinete. A família retornou a São Paulo no dia 14, usando o mesmo meio de transporte. O vice-presidente não sabia a quem pertencia a aeronave e não fez pagamento pelo serviço”, diz Temer em nota.

A JBS acusa Temer de ter indicado o homem da mala Rodrigo Rocha Loures, preso na Papuda, para receber, em seu nome, uma propina semanal de R$ 500 mil. (via Brasil247)