8.6.17

1- FURNAS: DIMAS TOLEDO, OPERADOR DE AÉCIO, É ALVO DE CONDUÇÃO COERCITIVA; 2- JORNAL DIZ QUE FOI IMPEDIDO PELA POLÍCIA DE APURAR DENÚNCIA DE QUE HENRIQUE ALVES TEM REGALIAS NA PRISÃO

REDAÇÃO -
Aécio Neves e Henrique Alves / Arquivo Google.
Policiais civis cumprem nesta quinta-feira (8) 33 mandados de busca e apreensão para investigar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de energia Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras. A operação, chamada de Barão Gatuno, tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, durante as investigações da Operação Lava Jato.

Há ainda dois mandados de condução coercitiva. Um deles é contra contra o ex-diretor Dimas Fernando Toledo.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça estadual e estão sendo cumpridos pela Delegacia Fazendária, responsável pela investigação do esquema, com o apoio de 15 delegacias, da Coordenadoria de Combate à Corrupção do Laboratório de Tecnologia e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio e da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

Em delação premiada, Delcídio do Amaral afirmou que o hoje senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi beneficiário de um “grande esquema de corrupção” na estatal Furnas.

Esse esquema, segundo Delcício, era operacionalizado por Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas, e que teria “vínculo muito forte” com Aécio. O responsável por intermediar e viabilizar a operação teria sido o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Questionado ao depoente quem teria recebido valores de Furnas, o depoente diz se que não sabe precisar, mas sabe que Dimas operacionalizava pagamentos e um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi Aécio Neves, assim como também o PP, através de José Janene; que também o próprio PT recebeu valores”, diz o texto da delação premiada. (…) (via JB)

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Jornal diz que foi impedido pela polícia de apurar denúncia de que Henrique Alves tem regalias na prisão

A reportagem do Agora RN/Agora Jornal esteve na manhã desta quinta-feira 8, na Academia de Polícia Militar, no Barro Vermelho, onde se encontra detido Henrique Alves (PMDB), para obter mais informações sobre a detenção do ex-ministro do Turismo, na intenção de divulgá-la ao público. A denúncia é de que Henrique estaria recebendo regalias como um aposento com ar refrigerado, cama, cadeira, televisão, telefone, além de visitas diárias e refeições provindas de restaurantes. A reportagem, todavia, foi impedida de cumprir seu trabalho.

De acordo com o repórter enviado ao local, os policiais da corporação impediram e proibiram o acesso da reportagem ao interior da Academia e, consequentemente, a novas informações. A reportagem sequer conseguiu passar da portaria por onde se entram os veículos, para colher informações públicas e de interesse público. Os policiais informaram que não são autorizados a liberarem a entrada para a imprensa.

Henrique foi preso na última terça-feira 6, como desdobramento da Operação Lava Jato e cumprimento da Operação Manus. Em audiência de custódia, ficou-se decidido que o ex-ministro deveria ser enviado à Academia de Polícia Militar em caráter de prisão preventiva. (via Agora/RN)