31.1.17

1 - DELAÇÃO CAUSA ROMPIMENTO ENTRE MARCELO E EMÍLIO ODEBRECHT; 2 - BENEFÍCIOS AO JUDICIÁRIO TÊM ALTA DE 30% EM ANO DE CRISE

REDAÇÃO -

O acordo de delação premiada da Odebrecht causou o rompimento das relações entre o ex-presidente e herdeiro do grupo empresarial, Marcelo Odebrecht, e seu pai, Emílio, presidente do Conselho de Administração do conglomerado. A informação foi confirmada ao UOL por cinco pessoas ligadas à Operação Lava Jato ou à Odebrecht, sob a condição de terem suas identidades preservadas.

“Marcelo sente-se injustiçado. Ele se vê como um bode expiatório. Acha que pagará o preço mais alto entre todos os envolvidos na Lava Jato também porque seu pai aceitou delatá-lo”, afirmou ao UOL um funcionário de alto escalão da Odebrecht.

“Marcelo pagava mesmo propina e, de certa forma, desafiava as autoridades que poderiam o incriminar. Emílio, por sua vez, era mais conservador. Cometeu e sabia de ilegalidades, mas era mais contido”, acrescentou.

Na última sexta-feira (27), Marcelo Odebrecht ratificou a um juiz auxiliar do STF (Supremo Tribunal Federal) o depoimento feito a procuradores da operação e confirmou os termos de seu acordo de delação premiada. A delação foi homologada pela presidente do Supremo, Cármen Lúcia, nesta segunda-feira (30).

Colaborar com os investigadores foi uma derrota pessoal de Marcelo e uma vitória de seu pai, além de abrir a crise de relacionamento entre os dois protagonistas do clã baiano de origem germânica. Nos primeiros meses após sua prisão –ocorrida em junho de 2015, durante a 14ª fase da operação–, o executivo insistia em negar as acusações e rejeitava aderir a um acordo. Emílio, por sua vez, decidiu rapidamente pela delação como forma de preservar a empresa. (via UOL)

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Benefícios ao Judiciário têm alta de 30% em ano de crise

O pagamento de benefícios e verbas indenizatórias a magistrados e servidores do Judiciário subiu 30% de 2014 para 2015, ano em que a crise econômica no país se agravou.

Os chamados “penduricalhos” subiram de R$ 5,5 bilhões para R$ 7,2 bilhões, de acordo com dados do último “Justiça em Números”, relatório divulgado anualmente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Fazem parte deste tipo de gasto diferentes ajudas de custo, tais como auxílio-moradia, auxílio-educação, diárias, passagens, entre outros.

Grande parte desta verba não é considerada no cálculo do abate-teto, corte feito nos vencimentos dos funcionários públicos para que não ultrapassem o limite remuneratório definido pela Constituição (R$ 33,7 mil, equivalente ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal).

Parte da alta se deve à decisão liminar do ministro do STF Luiz Fux que garantiu a todos os magistrados do país auxílio moradia de R$ 4,3 mil. O plenário da corte não tomou decisão definitiva sobre o tema, que se arrasta há mais de dois anos.

Assim como todas as verbas indenizatórias, os tribunais não exigem comprovante de gasto para que o magistrado tenha direito a ela. (informações Folha)