20.12.16

A INESQUECÍVEL “MÁQUINA” TRICOLOR. SAUDADE...

WILSON DE CARVALHO -


Toda a história da Máquina Tricolor estará no meu próximo livro. Na época, cobria o Fluminense para o Jornal dos Sports, onde fiz uma série de seis páginas sobre toda a engrenagem, segredos, problemas e alegrias deste que foi um dos maiores times da história do futebol brasileiro. Entre muitas do futebol dos anos de ouro, tais como a Democracia Corintiana; Máfia da Loteria; Roubo da Jules Rimet; Aids entra em campo; Futebol Comércio e Indústria Ltda; Calendário Assassino; Pelé não teme o dia em que voltar a ser Edson; O outro lado de Romário; Artur Antunes Coimbra; América, uma aventura na África; Não há mais ninguém bobo no futebol, e muito mais com praticamente todos os maiores craques da época, Maradona, inclusive. Já iniciei os trabalhos, caso alguma editora se interessar, é só me procurar.

SAUDADE


Rio de Janeiro, Praia de Botafogo, 9h, domingo, a turma do prédio se reunindo para se dirigir à praia do Leme, posto 2, ou a Praia Vermelha, locais onde frequentávamos. A Praia de Botafogo ficava reservada na parte da tarde, para as peladas na “beirinha” ou os jogos do Campeonato de Futebol de Praia. Sem a internet para ocupar o tempo da garotada, havia enorme número de peladas na praia, obrigando-nos, às vezes, a brigar por espaço para os jogos do campeonato. Praticava-se muito esporte nas praias. Também o sol, mesmo do meio-dia, não fazia mal como nos dias poluídos de hoje. Lembro bem. A pele do rosto chegava a descascar.

Era uma “onda”. Era o Rio, então cidade maravilhosa, felizmente, pelo menos, ainda a mais linda do mundo. É a saudade demonstrada nesta foto do nosso time da praia. No grupo em pé, primeiro à direita, eu, um lateral-direito que não permitia “palhaçadas”. De marcação implacável... Ao fundo, um dos mais importantes símbolos do planeta, o majestoso Pão de Açúcar. Saudade.