28.12.16

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA: A HORA DA AUTOCRÍTICA DO PT

Por JOÃO VICENTE GOULART -


Chegou a hora senhores!

Em nome do projeto de união das forças populares que muito se fala, ora unidos por uma frente, ora em coesão e responsabilidade com a Nação, tomada de assalto por conspiradores da nossa democracia, e na coerência que devemos ter, frente a usurpação do governo e o entreguismo do Brasil aos interesses multinacionais, o nome de André Figueiredo surge como opção legítima desta união nacional em prol dos verdadeiros valores democráticos e legalistas, como o único capaz de enfrentar, em nome da união das forças progressistas, as duas candidaturas já pautadas e degustáveis do entreguista governo Temer; a de Rogério Rosso  e a de Rodrigo Maia para presidência da Câmara dos Deputados.

Lembremo-nos da insistência dogmática do PT ao lançar a candidatura de Chinaglia contra a força da corrupção já tácita, naquele momento da eleição passada para Câmara dos Deputados, sem condições de vitória e que veio a consagrar Eduardo Cunha como presidente, produzindo no país tudo o que sabemos que aconteceu, trazendo embutido um golpe parlamentar, midiático-jurídico, cujas consequências estamos todos sofrendo neste momento de tristeza e ruptura da ética e da moral republicana.

André Figueiredo se destacou como o melhor Ministro das Comunicações de todos os 13 anos de governo popular, não traiu o seu destino pulando de poleiro, como o atual traidor ministro Kassab; ao contrário, realizou em seu curto período de sete meses, a defesa intransigente da democratização das comunicações e da cidadania através da inclusão digital. Concedeu outorga a Tv´s e rádios comunitárias às comunidades tradicionais (quilombolas, assentamentos, povos ribeirinhos, indígenas, entre outras minorias), valorizou a rádio difusão pública, trabalhou pela desburocratização dos processos das rádios comunitárias e educativas, novamente paralisados no atual ministério entreguista.

Neste momento, de assalto ao patrimônio público, da entrega criminosa de mão beijada da estrutura de comunicações pertencente ao povo brasileiro, da transferência de um setor estratégico da soberania, que sorrateiramente passou como “irrelevante” no Senado Federal e prestes a ser sancionada pelo entreguismo de Temer, se faz mister uma posição clara e definida politicamente por parte do PT, em apoiar a candidatura de André Figueiredo como uma opção soberana, dando um sinal de coerência e desprendimento, mostrando não ser o dono da oposição, abrindo mão de sua eventual candidatura de um deputado do Partido dos Trabalhadores apenas para marcar posição, e darmos um primeiro passo, saindo da retórica e transformando em possibilidade real das forças progressistas assumir a Câmara dos Deputados.

O momento é grave, crítico, e necessariamente de união. Não basta gritar aos sete ventos o que acontece no entreguismo da Nação, o PT deve esta autocrítica aos trabalhadores do Brasil. Precisa dar exemplos, como sair definitivamente do Ministério das Comunicações, principalmente do setor de inclusão digital, para denunciar com autoridade, os desmandos daquele ministério, em outros tempos tão bem conduzido por André Figueiredo na defesa do povo brasileiro.

Chegou a hora Senhores! O nome de André Figueiredo para presidência da Câmara Federal, é o nome da Nação progressista. É o nome da resistência. É o nome da retomada da luta pela restauração democrática.

*Enviado para o e-mail da redação. João Vicente Goulart, Diretor IPG-Instituto presidente João Goulart