23.12.16

CEIA DA MISÉRIA: GOVERNO DO ESTADO DO RJ DÁ CALOTE E DEIXA SERVIDORES À MINGUA [VÍDEO]

ROGER MCNAUGHT -


Rio de Janeiro, véspera de natal do ano de 2016. Não estamos falando de nenhuma província pobre e esquecida, mas do Rio de Janeiro – cidade que sempre recebeu maciços investimentos devido ao potencial turístico e mais recentemente potencial petrolífero.

Mas, como era de se esperar, a rapinagem já conhecida pela população desde o governo Moreira Franco (o “gato-angorá” que em muito prejudicou o planejamento de investimentos educacionais do governo do saudoso ex-governador Leonel de Moura Brizola) atacou novamente nos governos Sergio Cabral e Pezão.   Note que os três são do mesmo partido, o PMDB.

Agora, após volumosos gastos com megaeventos, mudanças radicais na infraestrutura, precarização dos serviços básicos e de transporte público o governo do estado ataca o funcionalismo público. Toda a verba que deveria estar sendo utilizada para pagar os profissionais que dedicam suas vidas ao serviço público foi desperdiçada em isenções fiscais duvidosas e gastos desnecessários.

O resultado como esperado foi catastrófico.  À beira das festividades de fim de ano, muitos servidores não receberam seus salários, estão com pesadas dívidas – alguns já se encontram sem energia elétrica em casa, uma vez que não foram capazes de pagar a conta de consumo devido ao calote do governo do estado.

Em vista da situação, servidores realizaram um protesto diferente, a “Ceia da Miséria”, realizada em frente ao palácio Guanabara, onde pão e água – simbolizando a falta de dinheiro até para alimentação durante as festividades de fim de ano – foram consumidos pelos servidores presentes em frente à imprensa.

O que se via eram servidores cansados, muitos idosos, sem a menor previsão de normalização de seus pagamentos enquanto o governo manobra para “escolher” a quem pagar e manter a repressão das forças policiais – sendo que muitos integrantes das forças policiais também não aceita a seletividade de pagamento e alguns até seguravam cartazes alegando que “não haveria réveillon” caso não fosse normalizada a situação.

Durante a caminhada, cidadãos acenavam e apoiavam das janelas, e um estendeu uma longa faixa denunciando que servidores municipais de Duque de Caxias estão em situação similar.

Pobre Rio de Janeiro...   Ou se acaba com o PMDB ou o PMDB acabará com o Rio...