Por STANISLAW PONTE PRETA (SÉRGIO PORTO) -
Especial natalino. O texto abaixo foi extraído do livro "Rosamundo e os Outros", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1963, pág. 174.
Especial natalino. O texto abaixo foi extraído do livro "Rosamundo e os Outros", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1963, pág. 174.
Até que eu não sou de reclamar, puxa! Taí, se há alguém que não é de reclamar, sou eu. Pago sempre e não bufo. Claro que procuro me defender da melhor maneira possível, isto é, chateando o patrão, cobrando cada vez mais, buscando o impossível — como diz Tia Zulmira —, ou seja, equilíbrio orçamentário. Se o Banco do Brasil não tem equilíbrio orçamentário, eu é que vou ter, é ou não é?
Mas a gente luta. Eu ganho cada vez mais e nem por isso deixo de terminar sempre o mês que nem time de Zezé Moreira: 0 x 0. Segundo cálculos da tia acima citada, que é bárbara para assuntos econômicos, eu sou um dos homens mais ricos do Brasil, pois consigo chegar ao fim do mês sem dever. Esta afirmativa não me agrada nada, mas dá uma pequena amostra de como vai mal a organização administrativa do nosso querido Brasil.
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