6.12.16

1 - PACOTE DE MALDADES DO GOVERNO TRANSFORMA O RIO EM PRAÇA DE GUERRA; 2 - SENADO DESAFIA STF E MANTÉM RENAN PRESIDENTE; 3 - JUSTIÇA MANDA PRENDER ESPOSA DE CABRAL

REDAÇÃO -

No dia em que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vota parte das propostas do Pacotão de Maldades de Pezão, manifestantes vão às ruas protestar contra medidas de austeridade. Segundo nosso repórter, Roger Mcnaught, a polícia reage com bombas e balas de borracha, que dispersa a manifestação e atinge cidadãos que passavam pelo centro da cidade. #AoVivo da ALERJ: o plenário vota, em ritmo acelerado, o Pacote de Maldades de Pezão, com as galerias fechadas e repressão a manifestação dos servidores.

Manifestantes e trabalhadores na alça de mira das forças de repressão. Além de haver policiais nas sacadas da igreja (foto) ao lado da Alerj, o caveirão da Tropa de Choque circula de um lado para o outro, num vai e vem de tiros infinitos. Reprodução do arquivo Google.
O protesto dos servidores contra o pacote de arrocho fiscal no Rio de Janeiro está pegando fogo. A Polícia Militar afirmou que seis de seus agentes ficaram feridos até as 14h30. Segundo a corporação, "por volta das 13h, após um discurso inflamado, manifestantes investiram contra as grades da ALERJ com lançamento de bombas e rojõe".

Ao todo, seis policiais militares ficaram feridos, um deles teve um ferimento próximo a vista ocasiona pela explosão de um morteiro. "Os policiais estão sendo socorridos no ambulatório dentro da ALERJ. O BPChq está atuando a fim de retomar a ordem no local", disse.

Manifestantes colocaram capacetes e máscaras e jogaram rojões. A polícia revidou com ao menos 50 bombas. Ativistas responderam com pedras e morteiros. O spray de pimenta chegou até no plenário. O comércio foi fechado e havia relatos de cheiro de gás dentro dos restaurantes. Assim que o repórter Roger Mcnaught retornar publicaremos reportagem exclusiva.
Assista o vídeo(informações Brasil 247)

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SENADO DESAFIA STF E MANTÉM RENAN PRESIDENTE

A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta terça-feira (6) que irá aguardar a deliberação do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para cumprir a decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello de afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do comando da Casa.

A decisão foi tomada durante uma reunião entre os integrantes da Mesa com Renan. Senadores que participaram do encontro disseram que o peemedebista acredita que tem respaldo jurídico para não assinar a notificação sobre a decisão de Marco Aurélio Mello, que ordenou o afastamento do senador do PMDB do comando do Senado.

A Mesa decidiu ainda conceder prazo regimental para que Renan apresente sua defesa. O oficial de Justiça deixou a presidência do Senado às 15h06 afirmando que Renan não assinou a notificação.

Leia reportagem da Agência Senado sobre o assunto:

Senado decide aguardar decisão do Plenário do STF

A Mesa do Senado decidiu aguardar a deliberação final dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar providências sobre um possível afastamento do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).

Numa extensa reunião nesta terça-feira (06), os integrantes da Mesa decidiram conceder prazo regimental para que Renan se defenda da medida liminar do ministro Marco Aurélio Mello de afastá-lo da presidência da Casa a partir de um pedido do partido Rede.

A decisão da Mesa levou em conta que os efeitos da decisão "impactam gravemente o funcionamento das atividades legislativas em seu esforço para deliberação de propostas urgentes para contornar a grave crise econômica sem precedente que o país enfrenta".

Além disso, evocou o parágrafo 3º do artigo 53 da Constituição, segundo o qual é competência do Senado deliberar sobre a sustação do processo criminal em face de um senador da República.

Os parlamentares alegam também que a decisão do ministro Marco Aurélio é de caráter liminar e aguarda confirmação do Plenário do Supremo. Ainda segundo a Mesa, a Constituição assegura a independência e harmonia entre os poderes e o direito privativo dos parlamentares escolherem seus dirigentes.

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JUSTIÇA MANDA PRENDER ESPOSA DE CABRAL

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal no Rio de Janeiro, mandou prender preventivamente Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB). A informação é do colunista Lauro Jardim. O MPF também denunciou a própria Adriana, Cabral, Wilson Carlos, Carlos Bezerra e todos os demais presos pela Lava-Jato no Rio há três semanas.

Todos eles foram alvos da Operação Calicute, desencadeada no dia 17 de novembro, que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral e oito pessoas ligadas a ele é um desdobramento da Lava Jato.

Segundo as investigações, Adriana praticou diversos atos que, aparentemente, representam evidências de sua participação na lavagem e na ocultação de proveitos de origem ilícita consequentes da corrupção, supostamente praticada por Cabral, acusado de liderar um grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras, dos quais R$ 30 milhões referentes a obras tocadas pela Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia.

Adriana tinha sido alvo de condução coercitiva e prestou depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio e em seguida foi liberada. Os agentes federais também cumpriram mandado de busca e apreensão no Escritório Ancelmo Advogados. (informações Brasil 247)