24.11.16

MACACOS NO PLANALTO

Por JOÃO VICENTE GOULART -


Macacos costumam tirar piolhos uns de outros, prendendo seus rabos.

No Cerrado não é comum grandes primatas demostrarem essas aptidões uns com os outros, mas acontece seguidamente entre as tribos de macacos micos, aqueles que roubam guloseimas de turistas, passageiros viajantes, esperanças dos mais fracos, e deleitantes da Praça dos Três Poderes.

Eles assaltam o habitat do lobo Guará e se reportam ao falar com seus donos, do Circo Internacional, com mesóclises e dedinhos harmoniosos, orquestrando arranjos na cresta alheia e submetendo-se, pois, precisam engolir os piolhos da confraria e emprestarem o rabo para a grande maioria da manada, dividida entre baianos e troianos, que querem morar encima das copas em árvores proibidas.

Morar no alto, em uma árvore de cacau privilegiada, é só atribuição do macaco Alfa, que ameaça o ecossistema e a “organização armada sem-vergonha” (OAS), da tribo em pauta.

O galho pode quebrar, no alto, e produzir uma queda maior do que um macaco pode aguentar em um palácio de Niemeyer, feito não para tirar piolhos de macacos, e nem sequer para abrigar símios golpistas advindos de outras maracutaias, que traem, que tem medo de piolhos, e aceitam serem os seus rabos presos por outros macacos.

*Enviado por e-mail. João Vicente Goulart, Diretor IPG-Instituto João Goulart.