WILSON DE CARVALHO -
Como jornalista sempre procurei falar a verdade ou não ter compromisso com quer que seja. A não ser com a sociedade e não o poder dominante da quase totalidade da falida grande imprensa. E aí fiquei fora do processo, tendo perdido, inclusive, uma coluna no jornal O Dia.
Recentemente, fui criticado por comentar um dos pontos positivos do candidato Crivella. Neste momento, indignado, não pela candidata Jandira, em si, mas pela desonestidade e incompetência da TV Globo na primeira das entrevistas com os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, no telejornal RJTV segunda edição. E conforme se esperava, a Jandira entrou numa “fria”. Para mim, por má assessoria. As duas apresentadoras simplesmente a massacraram com perguntas capciosas. Entre elas, o afastamento do prefeito de Belford Roxo, do PT, por corrupção; o ex-marido, que, na pergunta, era o marido, com um fato negativo; o fracasso do governo Dilma e até de um restaurante que a candidata teve em Copacabana e fechou em março, deixando de pagar os funcionários, no que ela provou documentalmente que a dívida passou a ser do novo proprietário.
No final do programa, sem ter conseguido falar das propostas, mas apenas se defender, Jandira foi obrigada a questionar os 15 segundos que ainda faltavam, mas que iriam ser negados pelas apresentadoras, que, sem outra saída, cederam, mas a candidata só teve tempo para falar de um evento no centro da cidade... Sinceramente, fiquei perplexo com a ingenuidade da própria candidata ou da sua equipe ao aceitar o convite da Globo. Lembrei, inclusive, do massacre que a mesma emissora fez a Anthony Garotinho, nas eleições para o governo do Estado, praticamente não lhe deixando tempo para falar do que interessava à sociedade naquele momento.
Por tudo isso deixo um aviso especialmente para o candidato Crivella, ”inimigo” da Globo por culpa da guerra com a Igreja Universal: não aceite o convite da "sabatina”. Certamente irão prejudicá-lo...