Via UGT -
Câmara, governador de
Pernambuco recebeu em seu gabinete, na tarde desta quarta-feira (24),
Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores
(UGT), Gustavo Walfrido, presidente da UGT-PE e Aldo Amaral, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de
Pernambuco (Sintepav).
Os sindicalistas
levaram a conhecimento do governador a real situação dos trabalhadores e
trabalhadoras que hoje encontra-se desempregados com a paralisação das
atividades na Refinaria de Abreu e Lima e no Complexo Industrial
Portuário – SUAPE. “Temos ao todo 40 mil trabalhadores desempregados e
apesar de já termos resolvido uma parte, ainda tem cerca de 10 mil
trabalhadores que não receberam sequer suas verbas rescisórias”, explica
Aldo.
“O sr. Sabe que a
justiça é lenta e tem coisas que está fora do alcance do sindicato, por
exemplo, em novembro deste ano teremos o dead line para uma empresa
pagar o que deve aos trabalhadores, se ela não fizer os pagamentos
iremos pedir sua falência, só ai já temos uma ação que envolve mais de 5
mil profissionais. A outra deve 130 milhões e até agora conseguimos o
bloqueio de 10 milhões, é muito pouco perto do montante, contudo o
Sindicato está na briga, mas nem tudo depende da gente”, relata Aldo.
Patah enfatizou que
este foi um encontro emergencial para definir estratégias que visem
amenizar o sofrimento dos trabalhadores e trabalhadoras prejudicados com
a paralização de todas as obras do estado. “Sabemos que a
responsabilidade não é do governo do estado, mas queremos um apoio ou
que seja feito um acordo para que possamos reconstruir alguns caminhos
que estimulem o retorno dos postos de trabalho na região”, diz o líder
ugetista.
O presidente da UGT
esclareceu que a assembleia que aconteceu na Praça da Estação de Cabo de
Santo Agostinho, com a presença do ministro do Trabalho Ronaldo
Nogueira foi emblemática, pois os trabalhadores estão sem oportunidade
de trabalho e, como forma de protesto, milhares de pessoas entregaram
seus currículos para o ministro, que ficou emocionado, pois ali existem
famílias que já estão vivendo em completa miséria, sem dinheiro para
comer ou para pagar aluguel.
“Há algum tempo o
estado de Pernambuco vivia um desenvolvimento formidável, graças a
realização de obras importantíssimas, como a transposição do Rio São
Francisco, entre outras. Mas de uma hora para outra houve um efeito
dominó, em que tudo foi caindo até chegar na situação que estamos vendo
hoje. Nós da UGT temos sugestões para que possamos juntos iniciar um
processo de inclusão social, precisamos sinalizar caminhos que façam o
estado voltar a se desenvolver”, propõe Ricardo Patah.
O governador Paulo
Câmara, que recebeu das mãos de Aldo um documento contendo 12 pontos
principais que retratam as dificuldades do trabalhador pernambucano, se
comprometeu com a UGT em aprofundar esses debates e, de uma forma
rápida, como o caso requer, buscar caminhos viáveis para resolver a
situação desses trabalhadores.
Uma central diferenciada
Gustavo Walfrid,
presidente da UGT-PE, em seu relato, explicou ao governador que a UGT é
uma central diferenciada, que luta em prol dos direitos trabalhistas,
mas acreditando que o bem estar da classe trabalhadora está além da
relação capital e trabalho, busca desenvolver ações que promovam a
construção de politicas públicas que beneficiem toda a população. “Nós
queremos contribuir para construir um estado forte”, diz o sindicalista.
“Nós queremos fazer
parceria e construir uma relação com o senhor (governador), para que
tenhamos o seu respaldo em tudo que precisarmos e que seja de interesse
da classe trabalhadora e da sociedade em geral”, conclui Gustavo.
A luta ugetista em prol do Piso Estadual
Ricardo Patah
aproveitou o encontro com o governador para falar sobre o projeto da UGT
de implantação de pisos estaduais. “Esta é uma proposta que não gera
encargos ao governo, mas é muito valiosa para a classe trabalhadora e
para a economia local, já que os trabalhadores terão aumento na sua
renda e no seu poder de compra”.
*Fonte: Com informações UGT-PE.